O Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal vai investir R$ 171,9 bilhões em Minas Gerais em obras rodoviárias e em energia. Estes dois setores devem consumir R$ 112 bilhões. O Norte de Minas será beneficiado com investimentos de R$ 2,18 bilhões para implantação de complexo solar de 18 usinas fotovoltaicas e sistema de transmissão associado, em Janaúba, com a previsão de gerar 2.500 empregos diretos. Esta matriz energética tem crescimento expressivo na região, com a implantação de novas usinas que fortalecem a economia e geram mais postos de trabalho, com reflexos positivos na qualidade de vida dos norte-mineiros.
Além disso, as obras de conclusão da BR-135, cuja importância é destacada pelo deputado federal Paulo Guedes, do PT, presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados e pré-candidato do partido à Prefeitura de Montes Claros, nas eleições de 6 de outubro de 2024. Estado com a maior malha viária do país, Minas terá também o maior volume de recursos para investimentos em rodovias na nova edição do PAC. Serão investidos R$ 62,5 bilhões em mais de 30 empreendimentos até 2026 no eixo Transporte Eficiente e Sustentável, um dos nove eixos no novo PAC.
O estado tem mais de 272 mil quilômetros de estradas, são 16% do somatório de toda a malha viária existente no país. Os recursos serão para retomar obras paradas e dar início a novas construções. O economista Cesar Bergo explica que manter uma obra parada é caro, “quando para uma obra é preciso manter uma estrutura de controle e acompanhamento”. Por isso, a retomada de obras inativas será fundamental para a região, explica. “A retomada das obras paradas realmente tem que ser prioritária. E depois, obviamente, um elenco de investimentos tem que ser feito e esse investimento em infraestrutura vai gerar impostos atividade econômica e vai gerar uma arrecadação que possa fazer frente aos investimentos”.
PRIORIDADES – Entre as prioridades em Minas Gerais estão: Concessão/duplicação da BR-381 – que liga Governador Valadares a Belo Horizonte; Concessões das BR-153, 262 e 040; Construção da BR-367, que vai de Salto da Divisa a Almenara; Construção da BR135, ligando Manga a Itacarambi. Esta última, uma das principais demandas das lideranças do Norte de Minas, pela sua importância para a economia ao ligar o Sudeste ao Nordeste do país.
O deputado Paulo Guedes, do PT, que cobra ao longo dos anos a retomada e conclusão das obras desta rodovia, os investimentos mudam a dinâmica de todo o estado, sobretudo do Norte de Minas. “A importância da geração de emprego e renda é fundamental. Você abre todos os canais de escoamento, de ligação, de tudo. Melhoria de condições de vida, já que as pessoas que moram ali morrem na estrada, chove e a ambulância atola, carro não passa, encarece os produtos. Com as obras os ganhos são imensos”, comemora o petista.
TRANSIÇÃO E SEGURANÇA ENERGÉTICA – O segundo eixo com maiores investimentos no estado é o de Transição e Segurança Energética, onde serão investidos R$ 49,9 bilhões. O que para o economista César Bergo, tem todo sentido de infraestrutura, “pois a gente precisa de infraestrutura para escoar produção, escoar economia e a economia funcionar. Quando se fala em investimentos em estradas e energia, o custo é muito maior”. Uma das obras terá financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 2,18 bilhões. É a implantação de um complexo solar com 18 usinas fotovoltaicas e sistema de transmissão associado, em Janaúba. Empreendimento que deve gerar 2.500 empregos.
SAÚDE E EDUCAÇÃO – No eixo Saúde, o investimento previsto para os próximos três anos é de R$ 7,1 bilhões. Com o valor serão construídas novas unidades básicas de saúde, policlínicas e maternidades. O recurso ainda prevê a compra de mais ambulâncias. Já a construção de creches, escolas de tempo integral e a modernização e expansão de Institutos e universidades federais, incluídas no eixo Educação, Ciência e Tecnologia, terão aporte de R$ 21,4 bilhões em Minas Gerais. Com os investimentos, o governo pretende impulsionar a permanência do s estudantes nas escolas, promover a alfabetização na idade certa e impulsionar a produção científica.