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Denúncias de violência contra a mulher aumentam 32,6% em MG

De janeiro a julho deste ano, o Ligue 180, dispositivo do governo federal que atua no enfrentamento à violência contra a mulher, registrou 8.417 denúncias em Minas Gerais. O número representa um aumento de 32,66% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em todo o Brasil, foram 84,3 mil denúncias, o que representa alta de 33,5% em comparação com os mesmos meses de 2023. O serviço recebe as denúncias, e a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes, monitorando o andamento dos processos.

De janeiro a julho deste ano, o Ligue 180, dispositivo do governo federal que atua no enfrentamento à violência contra a mulher, registrou 8.417 denúncias em Minas Gerais. O número representa um aumento de 32,66% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em todo o Brasil, foram 84,3 mil denúncias, o que representa alta de 33,5% em comparação com os mesmos meses de 2023. O serviço recebe as denúncias, e a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes, monitorando o andamento dos processos.

Conforme os dados, o maior número de casos é contra mulheres entre 40 e 44 anos (1.456). Além disso, negras ou pardas são as vítimas mais frequentes (4.868). Os esposos e companheiros, em geral, são os que mais cometem atos violentos (2.950).

Coordenadora-geral da Central de Atendimento à Mulher, Ellen Costa afirma que o aumento do número de denúncias pode ser atribuído a diversos fatores. No entanto, ela chama a atenção também para a possibilidade de a alta estar atrelada a uma maior conscientização das mulheres sobre os seus direitos

“O aprimoramento dos mecanismos de denúncia tem sido um trabalho constante de todas as esferas do governo, também um trabalho que tem sido articulado junto aos governos estaduais e municipais, que é justamente o fortalecimento das redes de apoio”, diz ela, que também não descarta uma questão estrutural. “É social, lida muito ali com a questão do machismo, da misoginia que a gente ainda enfrenta na nossa sociedade”, afirma.

Conforme Ellen, é compreensível que muitas mulheres e testemunhas tenham medo de denunciar, especialmente em contexto de violência doméstica, em que o agressor pode estar próximo, e a retaliação é uma ameaça real. No entanto, ela lembra que é importante denunciar para romper o ciclo de violência e buscar a proteção da Justiça. Além disso, ela destaca que a denúncia é sigilosa.

“O Ligue 180 oferece um serviço que é sigiloso, a identidade do denunciante é preservada, e isso reduz o risco de exposição e de represálias. Além disso, ao denunciar, as mulheres e testemunhas estão ajudando não apenas a si mesmas, mas também a outras mulheres que podem estar em situações semelhantes. O apoio está disponível. É fundamental que as mulheres saibam que não estão sozinhas nesse processo. A gente tem toda uma equipe especializada para fazer esse atendimento e esse acolhimento. As redes de apoio estão cada vez mais preparadas para oferecer proteção e suporte durante todo o processo de atendimento a uma vítima de violência”, conclui ela.

REESTRUTURAÇÃO – O governo federal ainda anunciou, neste mês, mais uma etapa da reestruturação do Ligue 180. Agora, o serviço atua de forma independente à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. Segundo o Ministério das Mulheres, a transformação retoma o Ligue 180 como um serviço de utilidade pública fundamental para o combate à violência contra a mulher. A ligação é gratuita e pode ser feita 24 horas por dia, de domingo a domingo.

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