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Controle estratégico eleva bem-estar do rebanho

Os ectoparasitas representam uma ameaça significativa para o rebanho bovino brasileiro, com prejuízos econômicos estimados em US$ 6,8 bilhões anuais, conforme estudo de Grisi et al. (2014).

Os ectoparasitas representam uma ameaça significativa para o rebanho bovino brasileiro, com prejuízos econômicos estimados em US$ 6,8 bilhões anuais, conforme estudo de Grisi et al. (2014). Entre os principais ectoparasitas que afetam o gado estão o carrapato (Rhipicephalus microplus), a mosca dos chifres (Haematobia irritans), o berne (larvas da mosca Dermatobia hominis), a bicheira (larvas da mosca Cochliomyia hominivorax) e a mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans).

Esses parasitas não apenas causam irritação e espoliação de sangue e tecidos, mas também acarretam custos elevados com tratamento, transmissão de doenças e danos ao couro. O desconforto gerado pelos parasitas reduz o bem-estar dos animais, levando a menor ingestão de alimentos e menor desempenho produtivo e reprodutivo. Os bovinos infestados gastam energia excessiva em movimentos como coices e batidas dos pés para se livrar dos parasitas, afetando negativamente a rentabilidade da pecuária.

Para enfrentar esse desafio, é essencial compreender o ciclo de vida dos ectoparasitas, que se divide em duas fases: a fase parasitária, que ocorre nos animais, e a fase não parasitária, que ocorre no ambiente.

No caso dos carrapatos, a fase parasitária começa quando as larvas se fixam nos hospedeiros para se alimentar e amadurecer até a fase adulta. As fêmeas adultas, conhecidas como teleóginas, se destacam dos hospedeiros e caem no solo após a alimentação, iniciando a fase não parasitária.

Nesse estágio, as elas passam por um período de descanso antes de iniciar a postura de ovos, que pode variar de 15 a 201 dias para incubação, dependendo das condições climáticas. A sobrevivência das larvas no ambiente é influenciada pela temperatura e umidade, resultando em variações na intensidade das infestações ao longo do ano.

Marcos Malacco, médico-veterinário explica que a fase não parasitária é afetada pelas condições ambientais, com picos de infestações ocorrendo de 3 a 5 vezes por ano no Brasil, dependendo da umidade e temperatura. “A maioria dos parasitas, incluindo carrapatos, está no ambiente e não nos animais. Portanto, reduzir a população parasitária no ambiente é fundamental para o controle estratégico integrado”, afirma.

As estratégias integradas incluem o uso de antiparasitários específicos e práticas de manejo para diminuir os estágios não parasitários no ambiente. A rotação de pastagens entre bovinos de raças zebuínas e taurinas, por exemplo, pode ajudar a reduzir as infestações. Os zebuínos, mais resistentes ao carrapato, ajudam a controlar a população quando ocupam áreas anteriormente usadas por taurinos. Identificar e isolar os animais mais suscetíveis também é crucial, pois eles são os principais focos de infestações.

A mosca dos chifres, com um ciclo de vida rápido de 7 a 11 dias, pode gerar até 30 gerações anuais em condições favoráveis. A intensidade das infestações é mais alta em temperaturas médias de 25ºC e umidade relativa ≥60%, sendo estratégico tratar essas infestações em períodos críticos.

O berne, causado pela mosca Dermatobia hominis, é prevalente em regiões úmidas e quentes e pode ter um ciclo parasitário de 30 a 60 dias. As fêmeas da Dermatobia hominis utilizam outros insetos como vetores para depositar ovos, que, ao entrarem em contato com animais de sangue quente, iniciam o ciclo parasitário.

A bicheira, causada pela mosca Cochliomyia hominivorax, pode causar destruição tecidual rápida e é desencadeada por ovos depositados em ferimentos. Já a mosca dos estábulos, comum em propriedades próximas a fontes de matéria orgânica, tem um ciclo não parasitário que pode durar entre 15 e 30 dias.

Para auxiliar os pecuaristas no combate a esses parasitas, a Ceva Saúde Animal desenvolveu o produto, um ectoparasiticida inovador. Com uma alta concentração de 3%, que trata três vezes mais animais por frasco comparado a produtos a 1%, tornando-se uma solução econômica e eficiente. O produto é eficaz contra todos os estágios parasitários do carrapato e oferece controle rápido das infestações de moscas dos chifres e dos estábulos, além de prevenção e tratamento de bicheiras.

Disponível nas apresentações de 250 mL, 1 L e 5 L, ele pode ser aplicado via Pour On ou Spot On, com um período de carência reduzido de 67 dias para o abate. “Além de oferecer uma solução econômica e eficaz, o medicamento melhora o bem-estar animal e a produtividade ao controlar de forma abrangente os principais ectoparasitas”, conclui.

Controle estratégico eleva bem-estar do rebanho
No mercado, há solução inovadora para o combate de carrapatos, moscas dos chifres, berne, bicheira e moscas dos estábulos

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