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Condenado pelo assassinato do menino Sidney Júnior está de volta ao presídio

Durou pouco o benefício da liberdade diurna do acusado de matar o menino Sidney Júnior, de 10 anos.

Durou pouco o benefício da liberdade diurna do acusado de matar o menino Sidney Júnior, de 10 anos. Na noite da última segunda-feira (26), o condenado Francisco dos Reis Almeida Simões, vulgo “Chicão”, de 35 anos, voltou a ser preso pela Polícia Militar por ultrapassar o horário de recolher. Agora, caberá ao Judiciário decidir se findará o benefício da liberdade diurna do detento ou se dará a segunda chance. Chicão foi a júri popular e condenado a 28 anos e oito meses de prisão no dia 22 de março de 2011 pelos crimes de homicídio e violência sexual.

RELEMBRANDO O CASO – Francisco dos Reis Almeida Simões violentou sexualmente o menino Sidney Júnior Andrade Souza, e depois o matou com tijoladas na cabeça em Montes Claros, no ano de 2007. O criminoso causou pânico na população ao vê-lo solto nas ruas da cidade, já que ele é também autor de outro crime que tirou a vida de uma mulher em 2005 e sempre demonstrou crueldade e frieza ao revelar detalhes de suas ações.

Hoje com 35 anos, na época do crime Francisco dos Reis tinha 19. Em 2007, a prisão foi efetuada na madrugada do dia em que ocorreu o crime, na casa de Chicão, localizada na época na Vila Exposição. Duas equipes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Pessoas, que investigavam o caso, chegaram até o assassino após localizarem uma testemunha que teria visto um homem com as mãos sujas de sangue saindo de dentro do matagal, próximo ao local onde o corpo do menino foi localizado.

Os policiais procuraram os hospitais da cidade para verificar se algum homem teria sido atendido com um ferimento nas mãos no dia do crime. Após identificar o suspeito, naquela madrugada, os investigadores seguiram para casa do assassino, efetuaram sua prisão quando o mesmo se encontrava dormindo.

SEM ARREPENDIMENTO – Antes de prestar depoimento ao delegado Giovani Siervi, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Pessoa, Francisco dos Reis conversou com a imprensa e afirmou não se arrepender do crime.

“Eu não estou arrependido porque matei o menino, só porque fui preso. Tava doido demais. Fumei R$ 10,00 de bereu, mistura de maconha e crack. O cara quando tá doido não pensa em nada. Eu o violentei e ele começou a chorar na hora da penetração. Aí, comecei a dar tijoladas na cabeça e o matei. Depois, fui embora.

A mãe dele me mostrou a foto e perguntou se eu tinha visto ele. Eu menti. Já tinha matado e falei que não tinha visto”, afirmou o assassino em 2007. “Quando eu nasci, minha mãe me jogou dentro de um chiqueiro, no meio dos porcos. Eu ainda estava com placenta e cor dão umbilical. Não tenho ninguém e não tenho remorso do que fiz, só tenho medo de morrer na cadeia”, finalizou o autor.

MATOU A TIJOLADAS – Em depoimento prestado à PC em 2007, Francisco dos Reis contou que puxou o menino Sidney em uma rua, o arrastou para o matagal e, após violentá-lo sexualmente, o matou com tijoladas na cabeça. Inicialmente, o assassino negava ter violentado Sidney e informou que tinha oferecido bala a ele, mas minutos depois detalhou como praticou o crime: “Ia passando na rua e vi o menino descendo para encontrar com o pai. Peguei ele pelo braço e o arrastei até o mato.

Ele resistiu, tentou fugir, mas eu o agarrei. Aí comecei a violentá-lo. Ele chorava, gritava, reagia. Então, comecei a dar tijoladas em sua cabeça. Na hora em que o executava, cortei a mão em um pedaço de tijolo, peguei sua blusa e amarrei para estancar o sangue. Depois, fui embora, joguei a blusa fora e fui para minha casa. No outro dia, passei em frente à casa de sua família. Vi a mãe que estava com a foto do menino. Ela me perguntou se eu o tinha visto. Eu falei que não e voltei para minha casa. Aí ontem, na hora que tava dormindo, os homens me pegaram. Depois eu levei os homi (policiais) no local onde tinha jogado a blusa”, confessou o assassino que agora está de volta ao sistema prisional.

Condenado pelo assassinato do menino Sidney Júnior está de volta ao presídio
Francisco dos Reis Almeida Simões, autor do assassinato do menino Sidney Júnior, durante sua liberdade diurna

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