Em sua primeira edição, o Concurso de Avaliação da Qualidade das Cachaças de Alambique e Aguardentes de Cana Mineiras – Cachaças Mineiras/2024 premiou 19 produtores (15 de cachaça e 4 de aguardente) e ainda homenageou os produtores da “Melhor Cachaça da Agricultura Familiar”, “Melhor Aguardente da Agricultura Familiar”, além da “Mestra Alambiqueira”. A premiação ocorreu na semana passada, quinta-feira (21), no Mercado de Origem, em Belo Horizonte.
Na parte de cachaça de alambique, foram distribuídos troféus para as três primeiras colocações. Os primeiros colocados foram Requinte do Emboque (categoria Cachaça de Alambique), Buraco de Curral (Cachaça de Alambique Armazenada), Me Leva – Carvalho Americano (Cachaça de Alambique Envelhecida), Estação da Cana (Cachaça de Alambique Envelhecida – Premium) e Divina Cana – Júpiter (Cachaça de Alambique Envelhecida – Extra Premium). “A gente já vem trabalhando na cachaça há muitos anos, desde o meu bisavô. Esse é o nosso primeiro prêmio, e para mim foi muito gratificante ter vencido num concurso estadual. Espero que seja o primeiro de vários outros”, diz Halison Gusmão (1º lugar na categoria Cachaça de Alambique Armazenada/cachaça Buraco de Curral), de Ladainha.
NORTE DE MINAS
Já de aguardente de cana, foram premiados dois produtores da categoria. Gameleira (1º lugar) e Limeira Clássica (2º lugar) foram os vencedores na categoria Aguardente de Cana. Velha Januária (1º lugar) e Velha Motinha (2º lugar) foram os ganhadores na categoria Aguardente de Cana Armazenada. Também foram agraciadas as bebidas: Sô Nico (Melhor Cachaça de Agricultura Familiar), Gameleira (Melhor Aguardente de Agricultura Familiar) e Colombina Centenário (Mestra Alambiqueira). “A gente tem de fazer o que gosta, porque senão não faz bem feito. Eu sou agricultor familiar e procuro sempre fazer um produto de qualidade, para que no final o consumidor possa apreciar nossa bebida”, comenta o produtor Hermelino Alves da Silva Júnior (Melhor Aguardente de Cana e Melhor Aguardente de Agricultor Familiar/aguardente Gameleira) ao explicar sua receita de sucesso.
VALORIZAÇÃO
Em sua primeira edição, o concurso contou com a participação de 132 produtores de várias regiões mineiras, sendo 23 deles agricultores familiares. “O concurso teve um alcance muito grande. Esperamos, com esse trabalho, que nos próximos anos possamos não só aumentar o número de produtores formalizados, como também de inscritos. Mas a primeira edição já chegou marcando território e mostrando uma grande adesão dos produtores ao projeto”, argumenta o diretor presidente da Emater-MG, Otávio Maia.
As 217 amostras inscritas (todas bebidas devidamente registradas junto ao Ministério da Agricultura) no 1º Concurso de Avaliação da Qualidade das Cachaças de Alambique e Aguardentes de Cana Mineiras foram avaliadas por 24 jurados, com notório saber na área de cachaça. “Minas Gerais é referência na produção de cachaça de alambique. Somos o terceiro estado em exportação da bebida, e nada como fomentar esse mercado, mostrando que nós temos qualidade. O concurso mostrou isso e vai estimular a formalização de mais produtores em Minas Gerais”, comenta o secretário estadual de Agricultura, Thales Fernandes.
O 1º Concurso de Avaliação da Qualidade das Cachaças de Alambique e Aguardentes de Cana Mineiras é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Emater-MG, com apoio técnico do IMA e da Epamig, e o patrocínio da Fundação Doimo e o Mercado de Origem, o Banco do Brasil, Cresol, Sicoob, Banco do Nordeste, Governo Federal e Garrafaria Serra Negra. “O Mercado de Origem é uma referência de venda dos principais produtos mineiros, como o café, a cachaça e o queijo, em Belo Horizonte. O turista chega aqui e adora todos esses alimentos. Do amazonense ao japonês, não tem ninguém que não goste de um queijo ou de uma boa cachaça mineira”, recomenda o diretor do Mercado de Origem e presidente da Fundação Doimo, Bernard Martins.