A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava a morte do menino, de cinco anos, baleado pelo pai na porta da escola em Claro dos Poções, no Norte de Minas. O homem ainda atirou contra o atual namorado da ex-companheira e suicidou. “A gente sabe que ele veio preparado do Serro [onde morava] para Claro dos Poções para cometer alguma coisa errada. No carro, além da arma, havia uma garrafa pet com cerca de dois litros de líquido inflamável e uma faca”, detalhou o delegado Giovani Siervi.
A PC identificou que o veículo era alugado e que a arma pertencia a uma pessoa que já morreu. Ainda de acordo com o delegado, os fatos podem ter acontecido de uma forma diferente da que foi planejada pelo autor. Como ele não aceitava o término do relacionamento, essa pode ter sido a motivação do crime.
“A grande demanda que ele tinha era com a ex-companheira, provavelmente ele estava achando que ela iria levar a criança na escola, só que encontrou com o namorado dela levando o menino e acabou cometendo o crime naquela circunstância. A gente acredita que ele premeditou um crime um pouco diferente daquele que aconteceu, talvez ele quisesse fazer algo com a ex, mas como não encontrou acabou fazendo contra o namorado dela e contra o filho e, em seguida, contra ele mesmo.”
Por conta da morte do investigado, é extinta a punibilidade do crime. Mesmo assim, as provas levantadas foram encaminhadas para análise do Ministério Público.
RELEMBRE O CASO – No dia 1 de novembro de 2023, um homem atirou contra o próprio filho, de cinco anos, e no companheiro da ex-mulher, na entrada de uma escola em Claro dos Poções. Após o atentado, ele disparou contra a própria cabeça. Segundo a Polícia Militar, o pai e a mãe do menino estavam em processo de litígio pela guarda da criança.
“Por volta das 13h, o pai da criança esperou o momento em que o atual da ex-mulher chegasse para entregar o menino no Centro Municipal de Educação Infantil Tia Naza. Ao visualizar os dois, o homem atirou contra a criança e contra o padrasto dela”, disse o sargento Joelson Bertoldo na época.
Ainda conforme informações levantadas pela PM, ao perceber que estava sendo seguido pelo suspeito que efetuou dois tiros, o padrasto da criança pediu socorro para o porteiro, que abriu o portão, e depois o homem disparou novamente. As vítimas estavam na bicicleta quando foram atingidas.
A polícia informou também que no momento que os dois estavam caídos no chão, o homem puxou a criança pelo cabelo e atirou, depois, disparou contra o padrasto do menino. Após ser ferido, o menino iria ser transferido de helicóptero para a Santa Casa de Montes Claros, mas na hora de iniciar a transferência, ele teve parada cardiorrespiratória e não resistiu.
O pai dele também chegou a ser transferido por um outro helicóptero, mas morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória no momento em que a aeronave pousou em Montes Claros. O padrasto da criança foi atingido de raspão na cabeça e estava com suspeita de fratura na clavícula. Ele também foi transferido para Montes Claros.