O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Militar desencadearam na manhã dessa sexta-feira (1/12) uma operação de combate ao jogo do bicho, agiotagem e lavagem de dinheiro no Norte de Minas. Ao todo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 65 pontos nas cidades de Montes Claros, Januária e Brasília de Minas. A ação apreendeu dinheiro, joias e máquinas de cartão de crédito. A justiça determinou, também, a indisponibilidade de bens no valor de R$ 16.872.252,61.
Segundo o MP, a operação denominada “Provérbios 13:11” visa a desarticulação de organizações no Norte de Minas. “Atuavam de forma coordenada para ocultar ou dissimular a origem de bens, direitos e valores provenientes de diversas infrações penais, tais como agiotagem, falsidade documental e exploração ilegal de jogos de azar. As investigações identificaram a existência de núcleos autônomos, mas que atuavam de forma associada e conexa”, explicou nota do Ministério Público enviada à imprensa.
Ainda segundo o MP, os principais integrantes de cada núcleo prestavam auxílio aos demais, decidindo sobre questões relacionadas à obtenção de lucro e divisão dos prejuízos. “Algumas das organizações investigadas exploravam os jogos de azar há quase meio século em Montes Claros e região”.
A operação contou com a participação de seis promotores de Justiça, dois servidores do MPMG, 198 policiais militares, quatro policiais civis e dois policiais penais. Também contou com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil, por intermédio do Núcleo Correcional, 11º Departamento, e ainda as Unidades Regionais dos GAECO’s de Montes Claros, Juiz de Fora, Paracatu, Patos de Minas e Uberlândia. O nome da operação faz referência ao versículo bíblico “Provérbios, 13:11”, diz sobre a importância da legalidade e da moralidade na aquisição de riqueza.