As dificuldades de hospitais para oferecer o tratamento adequado e as ações de prevenção à doença foram pontos abordados pelos deputados. O deputado Doutor Wilson Batista, do PSD e a deputada Leninha, do PT, focaram nas ações preventivas de uma doença de causas conhecidas, como hipertensão, diabetes, sedentarismo, tabagismo, obesidade e alimentação inadequada. “É fácil antecipar e evitar, mas hoje, ao contrário, há um número crescente de afetados”, observou Doutor Wilson Batista.
Leninha lembrou ter perdido seus pais para o AVC, em um cenário de vulnerabilidade econômica que não permitia o melhor atendimento nem os materiais indispensáveis na recuperação. “A prevenção deve contar com orçamento, que não deve ir só para o custeio de hospitais. O pós-AVC é um sofrimento também, devido a condições de vida sub-humanas, em residências sem nenhuma acessibilidade”, frisou.
LINHA DE CUIDADO – Coube à coordenadora de Gestão de Cuidados Intensivos Hospitalares, Letícia Freitas, apresentar o trabalho desenvolvido em Minas no tratamento da doença. Ela disse que o AVC é tratado como prioridade na Secretaria de Estado de Saúde, que desenvolveu projeto estratégico de cuidado da doença, em especial a isquêmica, de maior incidência.
Na fase aguda, o tratamento consiste na medicação trombolítica endovenosa, fornecida na rede pública, ou na citada trombectomia mecânica, em fase de habilitação. Quando autorizado este procedimento no Estado, está previsto o incremento de 50% do valor repassado pelo SUS. Até 2020, Minas contava com seis hospitais de referência para o AVC, hoje 17. Se considerados aqueles credenciados no Estado, mas ainda não habilitados no Ministério da Saúde, são 38. A mortalidade hospitalar por AVC, por outro lado, caiu de aproximadamente 16% para cerca de 13%.