A montes-clarense Maria de Fátima Barbosa Pinto, que leva o nome artístico de Fatel é uma defensora incondicional da cultura popular, talentosa por natureza e feliz por opção. Assim é Fatel, que esteve durante o Natal com seus familiares em Montes Claros e seu ponto preferido – o Mercado Central, quando se reuniu com o cantor, cordelista e instrumentista Téo Azevedo, familiares, ex-companheiras de palcos, além do cantor, compositor montes-clarense e que também já residiu em São Paulo, Charles Boa Vista.
Do regionalismo ao pé-de-serra, assim consolida-se Fatel Barbosa como cantora. Iniciando no grupo Raízes, em Montes Claros, adquiriu uma vasta bagagem musical e percorreu todo o nordeste brasileiro. Tendo a música popular como sua principal bandeira, nunca mediu esforços para levar seu principal instrumento de trabalho, a voz, nas cidades mais longínquas. Com ele ganhou festivais, conquistou horizontes e solidificou-se de primorosa cantora de baile a forrozeira.
Ela foi para São Paulo em 8 de março de 1989, Dia Internacional da Mulher, após animar comícios e se apresentar em comícios naquela época na cidade com o candidato e ex-prefeito Jairo Ataíde, como ela mesmo faz questão de se recordar ao NJN. A artista residiu na Vila Guilhermina em Montes Claros Norma, mãe do operador de TV, Kelson Fabiano, advogada Kátia, também professora de Direito Civil I da Funorte em Montes Claros.
Neste segmento, no final da década de 80, Fatel já em São Paulo, firma-se a partir da produção musical de seu conterrâneo Téo Azevedo, que a lançou pela gravadora Copacabana. A partir daí, a mineira regionalista convertida em forrozeira pela influência do pé-de-serra gonzagueano, conquistou espaços, fãs e o reconhecimento da classe. Ela abriu em 1988 o show do seu grande ídolo, Luiz Gonzaga, naquela que foi a última turnê do eterno rei do baião no Nordeste. Dali, com certeza o martelo em defesa do autêntico forró foi batido e casou-se com o forrozeiro e cantador poeta nordestino Luiz Wilson.
Hoje, a multi Fatel segue em prol das causas culturais. Sua experiência dos tempos áureos revela uma Fatel sonhadora sempre, mas também realista. Por isso na música, permanece, cantando forró pé-de-serra, fazendo shows, apresentações e animações; na comunicação, produz um programa de rádio 100% pé-de-serra e agora na política, luta para que as verdadeiras raízes culturais nunca e jamais sejam esquecidas.
PROJETOS – Ao receber a reportagem durante sábado de Natal, ele disse que hoje em São Paulo desenvolve inúmeros projetos e tem muito trabalho na área musical, inclusive, levando a cultura e fazendo do pequi, símbolo regional tão defendido por Téo Azevedo tornando-se muito conhecido naquele Estado. Além disso, é uma grande produtora cultural e participante de vários movimentos de cultura na capital paulista.
Segundo a cantora, ela milita em movimentos com idosos em Parelheiros – extremo Sul de SP, Casa Grande próximo a Jaú e seu parceiro tem sido o bocaiuvense – montes- clarense do distrito de Alto Belo, Téo Azevedo, 80 anos, um dos grandes homenageados durante a Festa Nacional do Pequi realizada no final do ano passado pela Secretaria Municipal de Cultura e Prefeitura de Montes Claros.
O telefone de Fatel é o DDD (11) 97538-6825, onde em São Paulo desenvolve inúmeros projetos culturais destacando-se o grande apoio que sempre teve do ex-prefeito Fernando Haddad, hoje ministro da Fazenda do governo Lula (PT).