Equipamentos instalados pela Vale no entorno do parque de energia solar Sol do Cerrado estão registrando espécies de animais como onça-parda, mocó, jaratataca e veado-catingueiro. O que antes era pastagem, ocupada pela pecuária, aos poucos vai se transformando na casa de centenas de espécies de animais silvestres no município de Jaíba, Norte de Minas, onde a Vale opera a usina solar Sol do Cerrado.
A presença de uma onça-parda com filhote e outros animais como mocó, jaratataca, jaguatirica, gato-do-mato e veado-catingueiro foi registrada nos últimos meses por biólogos da empresa que monitoram uma área de preservação criada próxima ao empreendimento. Alguns destes animais são endêmicos da Caatinga, ou seja, existem somente neste bioma. A Vale realiza o monitoramento da fauna na região desde 2021 quando iniciou a implantação do complexo de energia renovável Sol do Cerrado. Grande parte do terreno está sendo preservado para o retorno da vida selvagem. Foram dedicados 2.700 hectares de extensão, o equivalente a 2,7 mil campos de futebol, para área verde. O empreendimento ocupa uma área menor, equivalente a 1,3 mil campos de futebol.
Na área preservada, foram instaladas cinco armadilhas fotográficas. Os aparelhos são compostos por uma câmera fotográfica e dois sensores para detecção de calor ou movimento. Essas câmeras já ajudaram a registrar mais de 100 espécies, entre aves, mamíferos, anfíbios e répteis. Além do monitoramento, a Vale realizou o cercamento da área e instalou placas sinalizando a proibição da caça, da extração vegetal e geração de fogo (fogueiras, fogareiros), o que tem contribuído para a recomposição da vegetação original.
A Caatinga é um bioma que apresenta clima semiárido, vegetação com poucas folhas e adaptadas para os períodos de secas, além de grande biodiversidade. Atualmente, 25% de todas as espécies do planeta correm risco de extinção nas próximas décadas, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
“Estamos muito felizes com os registros realizados. A ocorrência desses animais em meio a Caatinga, com destaque para aqueles do topo da cadeia alimentar, é um indicador de que essas áreas estão proporcionando condições favoráveis para a manutenção e preservação da biodiversidade local. Monitoramos o local para avaliar possíveis impactos do empreendimento e assegurar a proteção da fauna e flora Todos os indicadores demonstram que Sol do Cerrado não impactou a vida silvestre”, destaca Anderson Gomes, gerente de Operação do parque de energia solar Sol do Cerrado.