Há 65 anos, o Banco do Nordeste decidiu ampliar o número de unidades em Minas Gerais para além da única que possuía, em Montes Claros, e levar atendimento presencial a mais municípios. No dia 10 de agosto de 1959, a instituição inaugurou duas novas agências, em Januária e Porteirinha. Seis décadas e meia depois, as unidades consolidam-se em seus mercados como indutoras do desenvolvimento do Norte de Minas.
A agência Januária já injetou na economia dos municípios da sua jurisdição, desde a sua fundação, aproximadamente R$ 1,7 bilhão. Porteirinha é responsável por mais de R$ 400 milhões em investimentos nas localidades que atende desde a abertura das suas portas.
O superintendente estadual do Banco do Nordeste em Minas Gerais, Wesley Maciel, observa que as unidades acumulam resultados positivos ao longo dos anos e frisa que as suas próprias histórias caminham lado a lado com as trajetórias econômicas das suas regiões.
JANUÁRIA
“Januária já foi a mais importante produtora de cachaça de Minas Gerais, estado referência em produção da bebida no Brasil. Com o apoio do Banco do Nordeste, ali começou essa tradição mineira, regada pelas águas do São Francisco, que são sinônimos de vida e de desenvolvimento”, reconhece o superintendente.
Antônio Gilberto de Morais está à frente da agência há mais de três anos e meio. O gestor acrescenta que o crédito da instituição impulsiona todas as atividades produtivas empreendidas na região, com destaque para a bovinocultura de corte e leite, silvicultura, apicultura, agricultura de subsistência, fruticultura, comércio, serviços, indústria, agroindústria e turismo.
“O BNB é notoriamente indispensável para a nossa jurisdição. A essência está contida na sua própria missão, de atuar como banco de desenvolvimento do Nordeste, Norte de Minas Gerais e Espírito Santo, promovendo o desenvolvimento com sustentabilidade e primando pela proteção do meio ambiente. Destaco também a forte participação dos programas de microcrédito Crediamigo e Agroamigo, com crédito orientado, promovendo o bem-estar das famílias e transformando vidas – razão do reconhecimento pela sociedade”, discorre o gestor.
No primeiro semestre de 2024, a agência Januária contratou R$ 83,5 milhões, 33% a mais do que os R$ 62,5 milhões aplicados no mesmo período do ano passado. Atualmente, a jurisdição da unidade inclui, além de Januária, os municípios de Bonito de Minas, Cônego Marinho, Ibiracatu, Itacarambi, Japonvar, Lontra, Pedras de Maria da Cruz, São João da Ponte, São João das Missões e Varzelândia.
PORTEIRINHA
O superintendente Wesley pontua que Porteirinha já foi destaque na produção de algodão no país e concentrava grandes indústrias de beneficiamento. “O Banco do Nordeste esteve presente apoiando essa cadeia. Após uma praga, que, infelizmente, acabou deprimindo e extinguindo toda essa produção, o BNB se manteve em Porteirinha, incentivando a pecuária, especialmente de leite”, comenta o executivo.
Gerente de agência desde janeiro de 2021, Jorge Paulo Fernandes ressalta que a produção leiteira da região abastece quase 300 queijarias, muitas delas premiadas nacional e internacionalmente.
“O Banco do Nordeste é o principal instrumento de política pública da nossa região, tendo em vista que 80% dos recursos aplicados pela instituição são destinados à agricultura familiar. O ticket médio é de R$ 30 mil, o que sinaliza que a maior parte do crédito está sendo aplicado na base da pirâmide, contribuindo para evitar o êxito rural, além de garantir que os recursos passem por todos as cadeias produtivas, potencializando a economia local, muito dependente do crédito rural”, analisa Jorge Paulo. Nos seis primeiros meses do ano, a agência Porteirinha registrou contratos que somam R$ 39,7 milhões. O montante supera em 64,5% os R$ 24,1 milhões do primeiro semestre de 2023. O valor está investido em empreendimentos de Porteirinha, Botumirim, Cristália, Grão Mogol, Pai Pedro, Riacho dos Machados e Serranópolis de Minas.
MINAS GERAIS
Com sete anos de vida, em 1959, o Banco do Nordeste inaugurou duas unidades e chegou a três em Minas Gerais. Em 2024, 65 anos e alguns dias depois, a instituição prepara a abertura de mais uma agência, em Aimorés, nesta quinta-feira (15), e outras três na sequência, em Guanhães, Inhapim e Mantena.
As novas unidades atenderão o Vale do Rio Doce, área que mais recentemente passou a ingressar o perímetro de trabalho da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O BNB terá, assim, 24 agências em Minas Gerais, que atenderão os 249 municípios onde a instituição atua, no Norte do estado, parte do Noroeste e nos Vales do Jequitinhonha, do Mucuri e do Rio Doce.