[views count="1" print="0"]

Avança marco temporal no STF após saída da APIB

O deputado federal Lucio Mosquini (MDB-RO), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), enfatizou, quarta-feira (28), a necessidade de manter o debate sobre a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas, mesmo após a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) ter anunciado sua retirada da comissão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O deputado federal Lucio Mosquini (MDB-RO), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), enfatizou, quarta-feira (28), a necessidade de manter o debate sobre a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas, mesmo após a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) ter anunciado sua retirada da comissão do Supremo Tribunal Federal (STF). A APIB alegou que seus direitos são inegociáveis e criticou a falta de equilíbrio nas discussões.

Mosquini expressou pesar pela saída do grupo indígena, mas reafirmou que o Congresso Nacional já debateu amplamente o tema e que o diálogo deve prosseguir na Suprema Corte. “O STF tem cumprido seu papel ao ouvir todos os interessados. No Congresso, já discutimos o assunto de forma abrangente. Agora, precisamos avançar, ouvindo a todos e buscando um consenso”, afirmou o parlamentar.

Ele destacou que a retirada da APIB não impede o progresso das discussões e a busca por soluções concretas. “A APIB optou por se retirar do debate. No entanto, o setor produtivo tem propostas, e devemos continuar trabalhando para encontrar um meio-termo. A questão da indenização, por exemplo, já está resolvida, e o Estado não possui estrutura para gerenciar todas as unidades de conservação. É fundamental que tenhamos áreas legalmente constituídas”, ressaltou Mosquini.

 O advogado Rudy Ferraz, representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e autor da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 87, que busca a validação da lei do Marco Temporal, também destacou a importância do diálogo para superar os impasses na demarcação de terras indígenas. “O diálogo é essencial para resolver os problemas, pois entendemos a dificuldade da sociedade em compreender as decisões do STF e as determinações da lei. Avançar na construção de um consenso é crucial”, afirmou Ferraz.

Ele ainda salientou a necessidade de retomar as discussões com as comunidades indígenas para alcançar um entendimento comum. “Resolver um caso concreto com a aplicação da lei vigente seria um avanço positivo, atendendo de forma pacífica os interesses dos produtores rurais”, concluiu o advogado.

Por outro lado, o juiz auxiliar do ministro Gilmar Mendes, Diego Veras, assegurou que a saída da APIB não enfraquecerá a comissão de conciliação. “Não compreendemos os motivos reais da retirada, uma vez que garantimos todas as condições necessárias. A vontade de todas as partes é considerada na conciliação, sempre em busca de consenso, embora alguns temas possam exigir a decisão da maioria. A APIB pretende impor um poder de veto, o que não é possível em uma democracia”, argumentou Veras.

Ele acrescentou que o ministro Gilmar Mendes reiterou que a saída da APIB “não significa a ausência de representantes indígenas na comissão”. Veras lamentou a decisão da Articulação, mas afirmou que o colegiado já antecipava essa possibilidade. “Declarações políticas não serão aceitas aqui. Atendemos todos os pedidos da APIB, incluindo a formação da comissão com os cinco integrantes indicados. Lamentamos sua saída, mas o trabalho continuará”, concluiu o juiz.

O deputado federal Lucio Mosquini (MDB-RO), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), enfatizou, quarta-feira (28), a necessidade de manter o debate sobre a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas, mesmo após a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) ter anunciado sua retirada da comissão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Recomendadas a você

BNDES aprova crédito de R$ 600 mi para o Complexo Solar Irapuru
BNDES aprova crédito de R$ 600mi para o Complexo Solar Irapuru
30% da população mora de aluguel em Uberlândia
30% da população mora de aluguel em Uberlândia 
Trabalhador baleado em lanchonete no São Judas
Trabalhador baleado em lanchonete no São Judas
MP promove a entrega de veículos ao IEPHA em MG
MP promove a entrega de veículos ao IEPHA em MG
Cotação do algodão mantém estabilidade com oscilações
Cotação do algodão mantém estabilidade com oscilações
VBP da produção animal pode superar R$ 390 bi
VBP da produção animal pode superar R$ 390 bi
Avanço na semeadura do feijão da primeira safra no Brasil chega a 11,5%
Avanço na semeadura do feijão da primeira safra no Brasil chega a 11,5%
Minas atinge 4 gigawatts de potência em geração solar e ultrapassa R$ 20 bi
Minas atinge 4 gigawatts de potência em geração solar e ultrapassa R$ 20 bi
Alunos de Taiobeiras conquistam as primeiras colocações na etapa estadual
Mulheres Mil oferta centenas de vagas em cursos no Norte de MG
Prefeituras recebem último repasse do FPM de setembro
Governo quer conscientizar a população sobre atenção à pessoa idosa em Minas
MPF e MPT assinam acordo de cooperação
IFNMG-Campus Pirapora abre seleção para preencher 21 vagas
Propostas para reduzir impactos da crise climática serão premiadas
Justiça suspende concurso para investigador de polícia em Minas
Alunos de Taiobeiras conquistam as primeiras colocações na etapa estadual
BNDES aprova crédito de R$ 600mi para o Complexo Solar Irapuru
Mulheres Mil oferta centenas de vagas em cursos no Norte de MG
Câmara avalia projeto que defende mulheres
Prefeituras recebem último repasse do FPM de setembro