A privatização e federalização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para pagar a dívida do Estado com a União vem dividindo opiniões, causando polêmica e preocupações em todo o território mineiro. Em Montes Claros, a vereadora Professora Iara Pimentel (PT) tem externado o seu temor com o desmonte das estatais e com os servidores e usuários das concessionárias.
Requerimento de autoria da parlamentar foi aprovado na reunião ordinária da Câmara Municipal de Montes Claros, na manhã dessa terça-feira (7/10). Ela propôs audiência pública para o próximo dia 20, às 19 horas, para discutir a responsabilidade social das empresas Cemig e Copasa com a população norte-mineira.
Para a audiência serão convidados a deputada Marilene Alves de Souza, a Leninha (PT); Emerson Andrada Leite, coordenador geral do Sindieletro/MG; Jefferson Leandro Teixeira da Silva, secretário geral do Sindieletro/MCG; Renato Ferreira da Silva, coordenador da Regional Norte do Sindieletro/MG; Eduardo Pereira de Oliveira, do Sindagua; Felix Vinicius Fróes Medeiros, diretor de Políticas de Saneamento Sindagua-MG; Célio Gonçalves Moreira, coordenador do Sind-LTE/MG; Vanderlino José da Silveira, diretor-presidente da Agência Municipal de Agua, Saneamento Básico e Energia (AMASBE); Fernando Passálio de Avelar, presidente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa); e Fernanda Wanderlei Morais, gerente regional do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de água em serviços de esgoto do Estado de Minas Gerais (Sindágua)
ADIAMENTO
Enquanto isso, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), os deputados da comissão especial criada para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/23, que facilita a privatização ou federalização da Copasa, não chegaram a um entendimento e a reunião dessa terça-feira (7/10) foi encerrada sem a votação do parecer sobre a matéria. Novo encontro foi marcado para esta quarta-feira (8), às 13h30.
Parlamentares da oposição se utilizaram de instrumentos regimentais para obstruir a votação e, após mais de quatro horas de debate, pediram o encerramento da reunião por entenderem que foi desfeito o quórum mínimo necessário para continuidade dos trabalhos. Após ser suspensa, a reunião não foi retomada.