A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) recebeu o Relatório Agro climatológico do Norte de Minas referente ao ano civil de 2025, elaborado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), que aponta prejuízos de aproximadamente R$ 875 milhões nas lavouras e na pecuária da região.
O documento, assinado por José Arcanjo, coordenador regional da Emater, evidencia que o Norte de Minas enfrentou, no mesmo ano, dois fenômenos climáticos extremos: fortes chuvas no início de 2025 e, posteriormente, uma estiagem prolongada, agravando os danos ao setor produtivo.
De acordo com o relatório, “as chuvas do ano agrícola 2024/2025, na maioria dos municípios, começaram apenas no fim de outubro de 2024. Apesar de novembro registrar volumes expressivos, as altas temperaturas persistiram, associadas à alta umidade, o que aumentou a incidência de pragas e doenças nas lavouras — especialmente de milho, feijão e mandioca, comprometendo a produção logo nos estágios iniciais das plantações.”
Presidente da Amams e prefeito de São João da Lagoa, Ronaldo Soares Mota Dias destacou que o Norte de Minas enfrenta atualmente o fenômeno conhecido como “seca verde”, quando as chuvas deixam as pastagens esverdeadas, mas sem efeito prático para o solo e a produção.
“As pastagens até parecem verdes, mas o solo continua seco e improdutivo. É uma situação crítica. Esperamos que o Governo Federal adote, a partir da próxima semana, medidas emergenciais para mitigar os efeitos da estiagem, como a renegociação das dívidas dos produtores rurais”, afirmou o presidente da entidade municipalista.