O Parque Estadual Caminho dos Gerais, localizado no Norte de Minas será beneficiado com ações do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre). O entanto, foi assinado, com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FunBio), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF), um acordo de cooperação técnica que garantirá benefícios para gestão e consolidação da unidade de conservação.

O Projeto GEF Terrestre é uma iniciativa federal desenvolvida a partir das diretrizes da Convenção de Diversidade Biológica (CDB) e da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC). O projeto possui como agência financiadora o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), agência executora o Funbio e como parceiros o Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e órgãos estaduais de meio ambiente.

Entre as estratégias de ação previstas está a consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), incluindo a criação de novas Unidades de Conservação (UCs) e apoio àquelas já existentes. “Minas Gerais apresentou propostas para a criação de uma Unidade de Conservação na região norte do estado e também ações diretamente relacionadas à consolidação do Parque Estadual Caminho dos Gerais”, afirma o diretor-geral do IEF, Breno Lasmar.

A formalização do Acordo foi segunda-feira (15) é uma oportunidade de avanço nas políticas ambientais conduzidas pelo Instituto para o bioma da Caatinga. “Além do ganho ambiental inerente à expansão do SNUC e a implementação de ações diretamente ligadas à gestão do maior parque estadual de Minas Gerais, a participação do IEF em projetos desta magnitude possibilita, ainda, a troca de experiências entre outros órgãos gestores e posiciona positivamente o Instituto no contexto nacional”, observa.

Além do IEF, são signatários do acordo, Rosa Maria Lemos de Sá, secretária-geral do FunBio, e Rita de Cássia Guimarães Mesquita, secretária nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

MUNICÍPIOS

A unidade de conservação está localizada entre Mamonas, Monte Azul, Gameleiras e Espinosa, tendo sido criado em 2007, com cerca de 56 mil hectares de área. Com bom estado de conservação, vegetação típica, especialmente a caatinga e áreas de nascentes d’água, margens de córrego, a área de preservação é de extrema importância ecológica, com presença de espécies raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção.

Na Serra Geral, onde se localiza a UC e suas adjacências, foram destacadas áreas de especial importância biológica para os seguintes grupos: mamíferos, avifauna, anfíbios, répteis, invertebrados e flora. A área também foi apontada como prioritária para a investigação científica.