Em pronunciamento no Plenário, durante a Reunião Extraordinária da manhã de quinta-feira (18), o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado montes-clarense Tadeu Leite, Tadeuzinho (MDB), avaliou como positiva a atuação da Casa na busca de uma solução para a dívida de Minas com a União, segundo ele, um dos capítulos mais difíceis da história recente do Estado.
Tadeu Leite relembrou o esforço do Poder Legislativo na contrução de uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), resultando no Propag, o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados com a União. Segundo ele, o RRF impunha severas restrições, sacrificava a população e, ainda assim, permitiria o crescimento da dívida, que já alcançou R$ 181 bilhões e poderia chegar a R$ 238 bilhões em dez anos.
“Para se ter uma ideia da dívida, levando em conta que Minas tem cerca de 21 milhões de habitantes, é como se, hipoteticamente, cada mineiro e cada mineira tivessem uma dívida de 8.600 reais”, ilustrou Tadeu Leite.
O deputado relembrou que, ao longo de décadas, Minas Gerais ainda gastou mais de R$ 100 bilhões apenas com juros, recursos que segundo ele “escorreram pelo ralo”, num modelo de financiamento da dívida que não oferecia uma solução real de pagamento. Recursos que poderiam ter sido destinados a áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública, infraestrutura e saneamento, conforme ressaltou.
Nesse contexto, o presidente da ALMG destacou a série de audiências públicas, negociações e votações realizadas pela ALMG para viabilizar uma saída responsável para a crise fiscal por meio do Propag.
“A Assembleia escolheu a responsabilidade no lugar do conformismo. Sabíamos, desde o início, que não seria um caminho fácil”, frisou sobre os meses necessários para que o Propag se firmasse como um novo caminho para as finanças do Estado.
