O Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) é uma novidade recente e já representa um marco para o ensino de audiovisual no Norte de Minas. A graduação foi aprovada pelo conselho da universidade em 2024 e teve início oficialmente neste mesmo ano. Apesar de sua curta trajetória, o curso vem se consolidando como um polo de formação criativa e técnica na região.
Essa evolução foi celebrada com a II Mostra do Curso de Cinema e Audiovisual da Unimontes, que reuniu estudantes, professores e moradores da cidade. Durante o evento, foram exibidos curtas-metragens produzidos pelos alunos ao longo do semestre. Segundo o professor Alex Nakaóka, “o objetivo principal desse evento é dar visibilidade e fazer circular as produções dos discentes, que tanto se empenharam em finalizar esses trabalhos”.
O público conferiu três tipos de produções. A primeira foram videoclipes experimentais, de 3 a 6 minutos, criados individualmente pelos alunos para a disciplina Oficina de Audiovisual II, ministrada pela professora Agnes. A segunda categoria foi composta por animações curtas, de 1 a 2 minutos e meio, realizadas na disciplina Audiovisual e Tecnologias Digitais II, com técnicas como stop motion, feita quadro a quadro a partir de fotografias, e animação de desenhos.
A maior parte da mostra foi dedicada à websérie documental “Vidas, artes e mulheridades”, também fruto da disciplina de Nakaóka. A série biográfica apresentou trajetórias de cinco artistas locais: Mell Oliva, poetisa e escritora; Marcela Borges, musicista e cantora; Eloyá Amorim, hairstylist; Elisa Pires, dançarina e professora de flamenco; e Catarina Machado, pintora e artista visual. As obras destacaram histórias de vida, criatividade e protagonismo feminino, reforçando o compromisso do curso com narrativas regionais e sociais.
A II Mostra do Curso de Cinema e Audiovisual da Unimontes mostrou não apenas a qualidade técnica das produções, mas também a capacidade do novo curso de transformar Montes Claros em um espaço de experimentação, expressão artística e fortalecimento da cena cultural local. Para Nakaóka, o evento é importantíssimo para Montes Claros por possuir um cenário cultural artístico muito vivo e efervescente.