O arquivamento imediato do Projeto de Lei (PL) 3.733/25, que autoriza a transferência de imóveis do Estado para a União para abater a dívida de Minas Gerais, foi veementemente defendido pela maioria dos participantes da audiência pública da Comissão de Administração Pública, realizada na tarde e noite de terça-feira (7/10/25), no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O espaço ficou lotado de servidores, sobretudo da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), que têm grande número de imóveis ameaçados. Dessa forma, a reunião teve momentos tensos, com protestos e interrupções sobretudo durante as declarações dos representantes do Executivo.
Também compõem a lista,
como exemplos lembrados na audiência, imóveis do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), escolas estaduais, sedes e terrenos de fundações educacionais e empresas públicas, imóveis históricos, o Hospital Público Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte, além de terrenos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) e da Cidade Administrativa, também na Capital.
como exemplos lembrados na audiência, imóveis do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), escolas estaduais, sedes e terrenos de fundações educacionais e empresas públicas, imóveis históricos, o Hospital Público Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte, além de terrenos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) e da Cidade Administrativa, também na Capital.
Segundo informações da Seplag divulgadas na audiência, a lista preliminar tem 343 imóveis. Desses, 81 já seriam de interesse de instituições federais. A reunião atendeu a requerimento assinado pela deputada Beatriz Cerqueira (PT) e mais 16 parlamentares. Em linhas gerais, as críticas dela e dos demais parlamentares de oposição ao longo do debate são de que esses imóveis são indispensáveis para a continuidade da prestação de serviços públicos de qualidade à população mineira.
Outro argumento dos opositores à proposição é de que já foram aprovados nos últimos meses na ALMG todos os projetos do Executivo realmente indispensáveis à adesão do Estado ao Propag, o que atestaria a perda da finalidade do PL 3.733/25. Também foi criticada a presença apenas de representantes do segundo escalão do Executivo já que teria sido acertada previamente a presença dos titulares das secretarias de Estado de Fazenda (SEF), Planejamento e Gestão (Seplag) e Desenvolvimento Econômico (Sede).
Também foi cobrado o envio formal para a Assembleia das supostas manifestações de interesse pelos imóveis assinadas pelas direções de instituições federais, que o governo estadual diz ter em seu poder. As deputadas Beatriz Cerqueira e Lohanna (PV) denunciaram que se trata de suposta manobra do Executivo para tentar coagir esses órgãos, que apesar de federais estão sediados em território mineiro, a facilitar a transferência dos imóveis.