A dificuldade para conseguir pedidos de mamografia na rede pública de saúde estadual foi outra preocupação levantada pelo deputado Arlen Santiago. A coordenadora de Alta Complexidade da SES, Luiza Miranda, esclareceu que qualquer profissional responsável por realizar o primeiro atendimento da mulher na atenção básica pode realizar o pedido para mamografia, não havendo a necessidade de solicitação por um médico. A participação da atenção básica no início do fluxo de tratamento foi valorizada por outros participantes.
O deputado Doutor Wilson Batista propôs que houvesse um calendário anual para realização de mamografias na rede estadual de saúde, como forma de desburocratizar o rastreamento, a exemplo da campanha de vacinação nacional. Ele também apontou a burocracia gerada pelo fato de que muitos hospitais possuem cirurgiões oncológicos ou profissionais mastologistas, mas não são autorizados a realizar cirurgias oncológicas, o que dificulta o fluxo de tratamento. “Muitas vezes o paciente vai entrar em uma fila de espera de outro hospital diferente daquele onde recebeu diagnóstico”, relatou.
Como forma de oferecer mais uma ferramenta para a execução dos diagnósticos, a representante da SES, Luiza Miranda, anunciou que a secretaria está trabalhando na regulamentação da Lei 23.499, de 2019. Elaborada pela ALMG, a norma assegura às mulheres com alto risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário a realização gratuita de exame genético para pesquisa de mutação em genes relacionados a essas doenças.
MAIS RECURSOS – Foi unânime entre os convidados da audiência pública a percepção de que, apesar dos esforços da Secretaria de Saúde, são necessários mais investimentos para o enfrentamento ao câncer de mama no Estado. “Ao longo dos anos, temos visto um crescimento na atenção à saúde da mulher. Precisamos continuar avançando”, afirmou a deputada Chiara Biondini, do PP.