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Aumentos nos preços de banana e laranja impactam consumo

Frutas apresentam variações significativas nos valores e refletem em uma cesta básica mais cara

O conceito de “à preço de banana” parece pertencer ao passado, uma vez que, nos últimos meses, os preços da fruta têm subido consideravelmente. Atualmente, o quilo da banana- -prata pode alcançar quase R$ 8, evidenciando uma elevação nos preços que afeta diretamente o consumo. Desde o início de 2024, a variação nos preços das bananas contribui para encarecer a cesta básica.

Em março, o preço do quilo da banana-prata em Minas Gerais atingiu R$6,56, enquanto a banana-nanica foi comercializada a R$ 3,29. Uma queda significativa foi observada em maio, quando os preços chegaram a R$ 2 e R$ 1,20, respectivamente. Contudo, desde então, os valores têm subido, e neste mês, o quilo da banana-prata custa R$ 3,50, enquanto a banana-nanica está a R$ 3.

Outro fruto que impacta o bolso do consumidor é a laranja, com um aumento superior a 14% na cotação da laranja-lima e variações ainda mais acentuadas, de até 95% em algumas regiões, para a laranja-pera. Ana Rita de Souza, proprietária de um mercadinho há mais de 20 anos, relata o aumento nos preços. No meio do ano, o quilo da laranja-pera custava R$ 4,99, enquanto a serra d’água (laranja-lima) era vendida a R $ 7,99.

Atualmente, os preços são de R$ 8,75 e R$ 17,99, respectivamente. Ana observou uma diminuição nas vendas, atribuída tanto ao aumento dos preços quanto à concorrência com outras frutas cítricas. “Acabamos de sair da época da mexerica ponkan, que quando está na safra, fica mais barata e as pessoas fazem a opção por ela”, destacou.

Em relação à banana, Ana informou que a demanda se manteve estável. “No inverno, já é esperado que a banana tenha menos saída, mas agora, mesmo com o aumento do preço, continua vendendo bem”.

As condições climáticas têm influenciado os preços das frutas. No início do ano, fortes chuvas danificaram plantações, seguidas por uma prolongada estiagem nos últimos meses. O engenheiro agrônomo Ícaro Nogueira, supervisor da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) da Cadeia Vegetal do Sistema Faemg Senar, explica que a expectativa é de que os preços da banana continuem a subir. “Historicamente, os preços tendem a aumentar em outubro, atingindo o pico em dezembro e janeiro, enquanto a produção atinge seu máximo em fevereiro, até o final do período das chuvas”, complementou.

No que diz respeito à laranja, o aumento da demanda industrial para a fabricação de sucos e as condições climáticas adversas são fatores que justificam as variações acentuadas nos preços. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na safra 2024/25, deve-se observar uma redução de 24,4% na produção de laranjas, devido à falta de chuvas que afetaram os pomares. Além disso, um surto de greening, uma doença sem cura que atinge todas as frutas cítricas, também contribui para o aumento dos preços, com um crescimento de quase 7% na região entre Minas Gerais e São Paulo neste ano.

EVENTOS

A produção de frutas cítricas e de bananas será o foco dos eventos promovidos pelo Sistema Faemg Senar na região. No dia 24 de outubro, em Piau, o Sindicato Rural de Juiz de Fora realizará um Dia de Campo dedicado à produção bananeira, abordando temas como a implantação de bananéis, mercado da fruta e gestão da produção. Já no dia 11 de novembro, o Sindicato de Produtores Rurais de Tocantins organizará outro Dia de Campo, voltado para produtores de frutas cítricas. Emerson Simão, gerente regional do Sistema Faemg Senar, destaca a importância da fruticultura como fonte de renda para as famílias rurais em Minas Gerais, que é o maior produtor de banana do Brasil e o segundo em laranja. “Esse apoio é essencial para o desenvolvimento da cadeia produtiva”, concluiu.

Frutas apresentam variações significativas nos valores e refletem em uma cesta básica mais cara

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