A violência nas rodovias federais brasileiras acelerou no primeiro semestre de 2024 em relação ao período equivalente de 2023, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nesse comparativo, as mortes passaram de 2.669 para 2.906 (alta de 8,8%), o número de feridos subiu de 37.560 para 40.507 (+7,8%) e os acidentes aumentaram de 32.577 para 35.154 (+7,9%).
O número de mortos nas rodovias federais do Brasil aumentou em 18 estados, permaneceu no mesmo nível apenas no Espírito Santo (88 registros) e apresentou redução em somente oito unidades da federação (Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Piauí, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amapá e Distrito Federal). Minas Gerais foi o estado com maior número de acidentes, e de vítimas de ferimentos e de desastres fatais nas BRs
Levantamento feito com base em dados da PRF aponta quais as causas mais frequentes de acidentes e os tipos de desastres que mais mataram. Entre os acidentes que resultaram em mortes no país, os cinco mais apontados pelos agentes no primeiro semestre de 2024 foram transitar na contramão, com 335 registros, ausência de reação do condutor (326), reação tardia ou ineficiente do motorista (289), acessar a via sem observar a presença de outros veículos (186) e velocidade incompatível com o trecho (158).
Os tipos mais comuns de acidentes que resultaram em óbitos nas vias federais nacionais foram as colisões frontais, com 729 ocorrências, os atropelamentos de pedestres (435), as saídas de pista (311), as colisões traseiras (270) e as colisões transversais – frente de um veículo contra a lateral de outro – (200).