A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) cobra a retomada do projeto da Sul Americana Metais (SAM), empreendimento criado em 2006, com investimentos de R$ 12 bilhões, mas que depende da licença ambiental para ser executado. O presidente da Amams e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, o Nilsinho, aproveitará a reunião a ser realizada nesta quinta-feira, 12, na Associação Comercial e Industrial (ACI) em Montes Claros, para propor a união de todo o Norte de Minas nesta causa e sugerir que a empresa faça uma compensação com o estado, com a duplicação de trechos da BR 251, rodovia na área de abrangência do empreendimento. Ele lembra que infelizmente a burocracia ambiental está emperrando este projeto e com risco de ele ser extinto ou ser transferido para a Bahia.
O projeto da chinesa SAM Metais surgiu por iniciativa do então empresário Jamil Cury, que é da área de mineração e como presidente da ACI tomou a iniciativa de prospectar este potencial minerário. A iniciativa recebeu a adesão da empresa Honbridge Holdings Ltda, que explora jazidas de minério em Grão Mogol, Padre Carvalho, Fruta de Leite e Josenópolis e vai gerar 6.200 empregos no processo de implantação e depois mais 1.100 empregos diretos na fase de operação e 600 indiretos. A produção anual será de 27,5 milhões de toneladas no sistema pellet feedna base seca com teor médio de 66,2% e ferro de alta qualidade.
O investimento previsto é de U$ 2,1 bilhões e já foram aplicados U$ 74 milhões em pesquisas, testes e estudos. A SAM acredita na mineração como plataforma de desenvolvimento econômico e social, para promover a valorização e o desenvolvimento das comunidades onde vai atuar na extração e comercialização de minério de ferro. Projetado para ser sinônimo de inovação, tecnologia e segurança, o Projeto Bloco 8 é formado por um complexo minerário para extração e tratamento de minério de ferro e uma importante barragem de água no Rio Vacaria, que atenderá a empresa e as comunidades locais. O projeto tornará viável a extração e transformação de minério de ferro de baixo teor em produto de alta qualidade. O escoamento da produção ocorrerá via mineroduto (sistema de tubulações) eserá realizado por uma empresa terceirizada.
O presidente da Amams, Jose Nilson Bispo de Sá, propõe que seja realizado termo de ajustamento de conduta entre a SAM Metais e o governo de Minas, para que a empresa faça uma compensação pelo impacto ambiental a ser gerado. A sugestão é que ela faça a duplicação dos trechos críticos da BR 251, que é a rodovia de acesso aos municípios onde o empreendimento será implantado. “Eu sobrevoei a área do projeto com o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Junior e tenho certeza que se a empresa aceitar, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) aceitará fazer este TAC com compensação ambiental”, sustenta o líder municipalista.