Inspeções realizadas no Norte de Minas identificaram que 2.300 unidades consumidoras estavam fazendo uso irregular da energia da Companhia Energética de Minas Gerais, a prática é conhecida popularmente como “gato”. Segundo a Cemig, as fiscalizações foram realizadas de janeiro a maio deste ano com foco na regularização e na garantia da medição correta do consumo dos clientes.
Em todo o ano de 2023, foram constatadas 6.200 irregularidades na região, totalizando um prejuízo financeiro de mais de R$ 10 milhões. Conforme a Cemig, por meio do Centro Integrado de Medição (CIM), as equipes fazem o monitoramento de mais de 9 milhões de unidades em Minas. O sistema permite a identificação de locais com suspeita de fraude.
“Por meio do CIM é possível identificar, em tempo real, qualquer anomalia no padrão de consumo de energia dos clientes e enviar equipes de campo para correção das irregularidades”, detalha o gerente de Recuperação de Energia da Cemig, Fábio Sapucaia. Quando há confirmação da conduta, os responsáveis precisam ressarcir a Cemig em relação ao que usaram e não pagaram e ainda têm ainda que arcar com custos administrativos, além de estarem sujeitos às punições legais.
“O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena de até oito anos de reclusão”, alerta Fábio Sapucaia. O gerente de Recuperação de Energia da Cemig ainda complementa que o responsável pode ainda ser enquadrado em outro delito, o estelionato.
A Cemig alerta que o uso irregular da energia traz riscos para a população e pode provocar ocorrências na rede elétrica, com consequências que podem ser fatais. Há ainda a possibilidade de causar interrupções no serviço, incêndios e queima de equipamentos. Além do monitoramento feito pela companhia, os consumidores podem denunciar suspeitas de irregularidades pelo telefone 116.