O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) também com sede em Montes Claros e Minas Gerais e Norte do Estado participou do encontro para a apresentação do prognóstico de chuvas para o trimestre de fevereiro a abril e o Plano Estadual de Convivência com a Seca: Ações Estruturantes e Emergenciais. A apresentação foi realizada pelo presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio Martins e teve a participação dos secretários de Estado e gestores de órgãos vinculados que lidam de forma direta com a área em questão.
O chefe da Divisão de Pesca e Aquicultura da Autarquia, Dalgoberto Coelho, falou sobre a importância do evento. Segundo ele, o ano se inicia com a construção de uma agenda pró-ativa em relação às estratégias para driblar problemas ocasionados pela estiagem nas regiões semiáridas. Além disso, para ele se faz necessário colocar em pauta e evidenciar o uso racional dos recursos hídricos gerenciados pelo Dnocs.
Durante o encontro, foram destacadas ações estruturantes e emergenciais para a convivência com a seca. “Essa iniciativa busca não apenas antecipar e compreender as condições climáticas, mas também implementar medidas prontas para enfrentar eventuais desafios relacionados à escassez hídrica”, ressaltou Dalgoberto Coelho.
A presença e engajamento do Dnocs, nesse evento, enfatiza o compromisso da Autarquia em lidar proativamente com questões relacionadas à seca, reforçando a importância de estratégias preventivas e de resposta para garantir a sustentabilidade hídrica e a segurança das comunidades afetadas com a falta de chuvas regulares.
De acordo com os estudos apresentados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o prognóstico climático para o trimestre fevereiro, março e abril indica que o Ceará, por exemplo, tem 45% de chances de chuvas abaixo da média, 40% de probabilidade para a categoria em torno da normalidade e 15% para acima dela.
Os estudos mostraram ainda a tendência de uma estação chuvosa mais curta este ano, isto é, com os principais acumulados de chuva entre os meses de fevereiro e março.
Este cenário se dá, principalmente, pelas condições do oceano Pacífico Equatorial Central, que apresenta aquecimento acima da normalidade, caracterizando o fenômeno El Niño.