Após acionar o Conselho Deliberativo da Sudene (Condel) para pedir a renegociação das dívidas rurais e empresariais do Norte de Minas e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, por causa dos danos causados pela longa estiagem, a mais severa dos últimos 30 anos da região, a Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) acionou o Senado Federal para intervir junto ao Governo Federal e pedir socorro às milhares de famílias que sofrem com a perda da agricultura de subsistência e não têm água para o consumo humano e de animais . O pedido da Amams foi endereçado e protocolado no Gabinete do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, através de ofício.
O presidente do Congresso Nacional anunciou que nessa segunda-feira iria ao governo pedir, através dos ministérios, atenção especial para com a região. Conforme avaliação da Amams, a longa estiagem afetou a atividade produtiva no Norte de Minas, impedindo que o homem do campo e mesmo os empresários consigam quitar os financiamentos já vencidos e os que estão para vencer. Diante do pedido da entidade, Rodrigo Pacheco afirmou recorre ao governo para adotar medidas concretas visando amenizar os efeitos da seca prolongada na região.
Segundo o senador, além de ajuda emergencial às famílias, é necessário um plano de recuperação financeira com renegociação de dívidas e concessão de crédito. O foco seriam os pequenos e médios produtores rurais. “A seca está castigando o Norte de Minas. Onze meses sem chuva e temperaturas acima do normal. Acionarei o Governo Federal para que ações dos ministérios possam minimizar os efeitos da crise. Fornecimento de milho para o gado, disponibilização de caminhão-pipa, ajuda emergencial a famílias mais necessitadas e um plano de recuperação financeira com renegociação de dívidas e concessão de crédito, em especial para os pequenos e médios produtores. Não tenho dúvida do compromisso do governo federal em nos ajudar a enfrentar esse grave problema econômico, ambiental e social”, disse Rodrigo Pacheco.
Nos últimos meses, o Norte de Minas vem tendo algumas das cidades mais quentes e secas do país. Em Salinas, a umidade mínima do ar chegou a 11%, o que indica estado de emergência. Itaobim (13%) e Espinosa (15%) também estão na lista. Em Bocaiuva e Francisco Sá a situação ficou critica com a falta de água até para o consumo humano. O presidente da Amams e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, o Nilsinho, acionou a Bancada do Norte de Minas na Câmara dos Deputados para cobrar medidas de socorro às vítimas da seca, com a distribuição de água potável para consumo humano e cestas básicas. A Amams também cobra ações mais efetivas do Governo Estadual.