O vice-presidente Geraldo Alckmin disse anteontem que o mercado financeiro é “estressado” e que a tendência é que o dólar continue caindo. Após dias frequentes de alta, o dólar comercial voltou a cair na última quinta-feira em meio ao anúncio de corte de R$ 25,9 bilhões nas despesas públicas para cumprir a meta fiscal.
A moeda americana testou os R$ 5,70, mas tem reduzido e agora roda próximo a R$ 5,42. “O câmbio é flutuante, do mesmo jeito que ele subiu ele reduz, ele tem oscilações. A tendência é que caia mais, é que o mercado é estressado, não tem nenhuma razão para ter ido no patamar que foi. Então, a tendência é que ele caia”, declarou Alckmin, que está no exercício da Presidência.
O cenário externo também ajuda no recuo da moeda. Ontem, o dólar ampliou a queda vista mais cedo, após o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçando as apostas do mercado lá fora de que haverá espaço para cortes na taxa de juros americana neste ano.
Por volta das 14h, a moeda americana caía 0,98%, cotada a R$ 5,42. O presidente em exercício negou que as divergências entre os governos brasileiro e argentino afetem na relação comercial entre os dois países:
“São relações de Estado. O mau gosto do Milei é assunto dele. Temos que fortalecer as relações de Estado”. O presidente argentino, Javier Milei, não compareceu à cúpula do Mercosul que aconteceu no Paraguai na segunda-feira, 8, sendo o único chefe de Estado do bloco que não participou da cerimônia.
Em meio à crescente tensão entre os presidentes da Argentina e do Brasil, o argentino foi à Conferência Política de Ação Conservadora (Cpac) no último fim de semana em Balneário Camboriú (SC), onde esteve ao lado do ex- -presidente Jair Bolsonaro.