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Treze pessoas presas por lavagem de dinheiro

Em continuidade às investigações sobre os crimes de formação de organização criminosa, lavagem de capitais, tráfico interestadual de drogas, roubos, falsificação de documento público, violação de sigilo funcional, entre outros, a Polícia Civil de Minas Gerais desencadeou a segunda fase da Operação Blot.

Em continuidade às investigações sobre os crimes de formação de organização criminosa, lavagem de capitais, tráfico interestadual de drogas, roubos, falsificação de documento público, violação de sigilo funcional, entre outros, a Polícia Civil de Minas Gerais desencadeou a segunda fase da Operação Blot.

Após a análise do material arrecadado na primeira etapa da ação policial, realizada em março deste ano, foram realizadas novas medidas assecuratórias, oitivas, representações e trabalhos conclusivos que motivaram o Poder Judiciário da comarca de Belo Horizonte a conceder a apreensão de mais 21 veículos de luxo (entre caminhões e veículos de carga) e de duas lanchas, sendo que uma delas localizada na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. A embarcação está avaliada em mais de um milhão de reais.

Também foram determinados o sequestro judicial de 24 imóveis e o bloqueio de 62 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. Ainda nessa fase da operação, a PC prendeu em Curitiba, no último dia 15, um homem, de 36 anos, apontado como um dos principais responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro, por meio da criação de empresas.

COMBATE INTENSIVO – O principal alvo da operação é chefe de uma organização criminosa com atuação em âmbito nacional, com foco em lideranças atuantes nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso. O objetivo da PC é atingir o poder e a mobilidade financeira desse grupo, a fim de reduzir sua capacidade de influência e, dessa forma, impedir a retroalimentação dos ciclos criminosos. A organização criminosa alvo da operação já contabiliza um prejuízo superior a R$ 623 milhões com as ações de combate articuladas pela Polícia Civil.

CRIME ORGANIZADO – Além dos crimes investigados, a equipe da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), apura a remessa de drogas no âmbito interestadual. A PC está compartilhando informações com a Polícia Federal visando à identificação de cargas encaminhadas também para outros países, como Camarões e Hong Kong.

PRIMEIRA FASE – No dia 19 de março deste ano, a PC desencadeou a primeira fase da Operação Blot, tendo como alvo as lideranças da organização criminosa e as pessoas que auxiliavam o grupo no processo de lavagem de capitais e crimes financeiros.

Na ocasião, foram cumpridos 15 mandados de prisão e uma de prisão em flagrante por uso de documento falso. Além disso, os policiais executaram 30 mandados de busca e apreensão, sendo arrecadados dez automóveis de luxo, espelhos de documentos, arma de fogo, bloqueadores de sinais, entre outros objetos de interesse investigativo, assim como o bloqueio de mais de R$ 100 milhões. Os mandados foram cumpridos em Belo Horizonte e na Região Metropolitana, bem como nas cidades de Capitólio, Piumhi, Pimenta, Francisco Sá, no Norte de Minas, e Cuiabá, no Mato Grosso.

INVESTIGAÇÕES – Conforme apurado, pessoas ligadas ao grupo criminoso teriam lavado milhões de reais em benefício de integrantes da organização, que utilizava empresas de fachada, em ramos diversos, como distribuidoras de bebidas, postos de combustível, empresas de cobrança, além de automóveis, imóveis e um sistema conhecido por “contas de trânsito”.

Durante levantamentos, a PC realizou um mapeamento das apreensões de fuzis na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que coincide com os locais de domínio dos integrantes da facção criminosa. Diversas cargas de drogas – entre cocaína, maconha e haxixe – foram identificadas e, aparentemente, estão associadas à organização criminosa.

Treze pessoas presas por lavagem de dinheiro
Organização criminosa é alvo da Operação Blot em Minas Gerais nessa terça-feira

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