No IML, o familiar pode entregar qualquer material de uso pessoal do desaparecido, como: barbeadores, escovas de dente, bonés, roupas usadas pelo desaparecido e que não tenham sido lavadas, escova de cabelo ou pente de uso exclusivo do desaparecido, entre outros. Em relação ao grau de parentesco, a ordem de preferência para a coleta é de pai e mãe, pai ou mãe acompanhado de filhos, pai ou mãe, filhos e irmãos de mesmo pai e mesma mãe (no mínimo dois).
O perito Giovanni Vitral esclarece que o procedimento de coleta é simples e indolor. Após a coleta, o material é encaminhado ao Laboratório de DNA para processamento e obtenção do perfil genético. O código é inserido no banco de dados, que busca por compatibilidades, apontando ou não a identificação da pessoa desaparecida.
Há, atualmente, 473 perfis genéticos de restos mortais não identificados oriundos de Minas Gerais no Banco Nacional, porém, no Banco Estadual existem 533 cadastrados. “Nem todos os perfis genéticos possuem os critérios para serem inseridos no nacional, mas apresentam critérios para serem buscados no nosso banco local”, esclarece Vitral. As coletas de material biológico de familiares de pessoas desaparecidas podem ser realizadas durante todo ano e devem ser efetuadas no IMLAR (na capital) e nos Postos Médico Legal (no interior do estado).