Um homem, de 51 anos, foi preso em flagrante por armazenar material pornográfico infantojuvenil em Montes Claros nessa quarta-feira (6). Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil nessa quinta (7), a prisão ocorreu durante a operação Bad Vibes, que teve como foco o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes por meio da internet.
Além de Montes Claros, a ação, realizada em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), cumpriu 15 mandados de busca e apreensão também em Pirapora, Araxá, Belo Horizonte, Congonhas, Cuparaque, Ipatinga, João Pinheiro, Juiz de Fora e Lagoa Santa. Um homem, de 45 anos, também foi preso, em João Pinheiro. O perfil dos suspeitos não foi divulgado.
“Eles foram presos em flagrante, depois que foi identificada uma grande quantidade de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes nas residências deles. Agora, esse material e os demais que foram localizados em outros endereços serão periciados”, disse a delegada Cristiana Angelini, do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes.
Segundo a delegada, a investigação começou quando, no início do ano, outra investigação na cidade de Petrovia, na África do Sul indicou que o crime de armazenamento e compartilhamento desse tipo de material estava acontecendo no Brasil. “O serviço de inteligência começou a apurar e identificou de onde partiam os conteúdos e aí, nessa quarta-feira (6), realizamos a ação”, disse.
“Identificamos que os suspeitos agem em uma rede social aberta, agora com o material apreendido, celulares e notebooks, vamos tentar identificar as vítimas e quem produz esses conteúdos”, acrescentou.
ALERTA AOS PAIS – A delegada salientou a importância dos pais e responsáveis ficarem atentos ao que crianças e adolescentes fazem nos meios digitais. “Muitos pais acham que crianças em casa estão à salvo, mas é de responsabilidade dos pais fiscalizar o conteúdo que os filhos acessam, com quem interagem. Muitos pedófilos se passam por crianças para enganar outras crianças, pedem esse tipo de conteúdo em troca de créditos para joguinhos online e as crianças não têm noção de como esse tipo de crime pode deixar traumas para toda a vida”, disse. A pena para armazenamento e compartilhamento de conteúdo sexual envolvendo crianças e adolescentes pode chegar a oito anos de reclusão.