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Semana de formação do Projeto Integra Chagas movimenta profissionais

Com a oferta de processos formativos iniciados em fevereiro deste ano, envolvendo profissionais que atuam em serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), nesta sexta-feira (24), o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) conclui nos municípios de Porteirinha e Espinosa uma "Semana de Formação em Doença de Chagas - Vigilância em Saúde e Perspectivas de Uma Só Saúde - Cão como animal Sentinela".

Com a oferta de processos formativos iniciados em fevereiro deste ano, envolvendo profissionais que atuam em serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), nesta sexta-feira (24), o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) conclui nos municípios de Porteirinha e Espinosa uma “Semana de Formação em Doença de Chagas – Vigilância em Saúde e Perspectivas de Uma Só Saúde – Cão como animal Sentinela”.

As atividades estão sendo implementadas por profissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), numa iniciativa que conta com a participação do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) também participa do Projeto, por meio da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros (SRS).

A capacitação compõe a programação de processos formativos do Projeto IntegraChagas Brasil, que tem o objetivo ampliar o acesso da população à detecção e ao tratamento da doença de Chagas no âmbito dos serviços de atenção primária. As atividades envolvem a integração de ações a partir do referencial de vigilância em saúde e de “Uma Só Saúde”.

Por serem áreas endêmicas para a doença, Porteirinha e Espinosa foram incluídos entre os cinco municípios prioritários para a execução do IntegraChagas Brasil. As demais cidades participantes são: Iguaracy (Pernambuco); São Luís de Montes Belos (Goiás) e São Desidério (Bahia).

A referência técnica da SRS de Montes Claros, Nilce Almeida Fagundes explica que as capacitações realizadas nesta semana abordam diversos temas, entre eles a vigilância na perspectiva de “Uma Só Saúde”, com foco na possibilidade de ter cães como animais sinalizadores da presença de barbeiros (vetor transmissor da doença) infectados com Trypanosoma cruzi.

Esta etapa do processo formativo teve como públicos alvos os agentes de combate a endemias e profissionais supervisores de campo. As atividades foram conduzidas pelos pesquisadores André Roque, Samanta Xavier, Bruno Silva, Fernanda Alves e Felipe de Oliveira, integrantes da equipe do Laboratório de Biologia de Tripanosomatídeos do Instituto Oswaldo Cruz.

“Entre os temas abordados destacamos temáticas como “Uma Só Saúde”; vigilância e controle da doença de Chagas; aspectos ambientais que indicam potencial risco de transmissão por Trypanosoma cruzi; monitoramento do contato de cães com Trypanosoma cruzi e a sua relação com o ciclo enzoótico de transmissão. Espera-se que ao final de todo o processo formativo sejam desenvolvidas competências, habilidades, práticas e atitudes em espaços reflexivos de formação para a qualificação e ampliação das ações de vigilância e controle da doença de Chagas”, observa Samanta Xavier, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz.

SAÚDE ÚNICA

Segundo o Ministério da Saúde, representado no processo formativo pela consultora técnica do grupo “Uma Só Saúde”, Ana Júlia Alves, o termo também conhecido como “Saúde Única” remete a uma abordagem integrada que reconhece a conexão entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental nos diferentes contextos sócio-históricos e demográficos.

“Uma Só Saúde incentiva a comunicação, cooperação, coordenação e colaboração entre diferentes disciplinas, profissionais, instituições, movimentos sociais, lideranças, sociedade e setores para fornecer soluções de maneira mais abrangente e efetiva”, explica a consultora.

Ao atuar na implementação de respostas conjuntas aos problemas de saúde, Júlia Alves complementa que “a abordagem de Uma Só Saúde contribui para maior possibilidade de realizar e aprimorar ações integradas que contribuem coletivamente para, entre outros aspectos, incrementar a vigilância, prevenção e controle de zoonoses e doenças tropicais negligenciadas transmitidas por vetores; qualificação da prevenção, preparação e resposta frente a epidemias e pandemias; além da conscientização sobre as relações entre saúde humana, animal, vegetal e ambiental”.

A DOENÇA

Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de vigilância em saúde da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros explica que, assim como outras doenças negligenciadas, Chagas está associada a condições de vida em vulnerabilidade. A doença é transmitida pelos insetos triatomíneos, popularmente chamados de barbeiros.

“Trata-se de uma das doenças tropicais negligenciadas mais silenciadas. Estima-se que, no mundo, entre 6 e 8 milhões de pessoas têm a doença e mais de 75 milhões moram em áreas de risco de transmissão. Por isso, diante da grandeza dos números do cenário epidemiológico, com elevada carga de doença e morte, a doença precisa de permanente atenção por parte do poder público”, reforça a coordenadora.

Estimativa da Fiocruz aponta que aproximadamente 12 mil pessoas morrem anualmente por causa de Chagas em todo o mundo. Desse total, cerca de oito mil óbitos têm como vítimas bebês que se infectaram durante a gravidez ou no parto.

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