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Saúde quer melhorar assistência a pessoas com dengue

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES- -MG), promoveu, dessa terça a quinta-feira, a qualificação de profissionais de saúde e gestores da Macrorregião Centro no manejo clínico das arboviroses.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), promoveu, dessa terça a quinta-feira, a qualificação de profissionais de saúde e gestores da Macrorregião Centro no manejo clínico das arboviroses. O objetivo é alertar sobre o cenário epidemiológico da dengue, chikungunya e zika, qualificando o atendimento dos pacientes para evitar casos graves e óbitos. Além disso, a programação abordou os Plano Municipais de Contingência e a importância dos exames laboratoriais para subsidiar o diagnóstico e das notificações dos casos suspeitos.

De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Prosdocimi, Minas já estava com alto número de notificações e uma curva epidemiológica preocupante no final de 2023, muito acima do esperado. Em janeiro de 2024, o número de casos aumentou expressivamente.

“As notificações de arboviroses no estado aumentaram de forma bastante significativa nas últimas semanas e, por isso, intensificamos a atuação nos territórios, auxiliando os municípios em diversas frentes, da prevenção ao manejo clínico dos pacientes com sintomas de dengue e chikungunya, principalmente”, explica Prosdocimi, que detalha a importância da atuação localizada da SES-MG na orientação e no acompanhamento. “Precisamos prestar uma assistência oportuna e eficiente porque um paciente com arbovirose, se tratado de forma adequada e em tempo hábil, não evolui para óbito”, declara.

Na abertura do primeiro dia da programação, o subsecretário alertou os gestores sobre a necessidade de, diante da situação epidemiológica preocupante, efetivar o plano de contingência nos territórios. “Precisamos ser muito resilientes porque as arboviroses demandam muito empenho de toda a equipe de saúde, desde gestores às equipes de epidemiologia e de assistência”.

O cenário é desafiador tanto no estado quanto no país, observa Camila Ribeiro, epidemiologista da Coordenação Nacional de Arboviroses do Ministério da Saúde. E, neste contexto, a estratégia mais eficaz é o atendimento e o manejo clínico adequados, integrados aos dados epidemiológicos corretos. “As análises do cenário mostram que é o momento ideal para capacitar os profissionais. Por isso, essa ação do estado é muito importante. É necessário fortalecer a integração entre epidemiologia e assistência, para diminuir casos graves e óbitos”, afirma a epidemiologista.

CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO – A Coordenadora Estadual de Vigilância das Arboviroses e Controle Vetorial, Danielle Capistrano, ressaltou que o cenário epidemiológico das arboviroses no estado exige o envolvimento de todos os profissionais de saúde que atuam na rede e também dos cidadãos. “Temos muito trabalho a fazer para enfrentar o cenário epidêmico neste momento no estado e, especificamente, na região central. Atualmente, cerca de 34% dos casos são concentrados na Macrorregião Centro e por isso começamos a capacitação por aqui, para organizar rapidamente a assistência na região”, esclarece Capistrano.

Minas Gerais registrou 64.724 casos prováveis de dengue até o dia 29/1. Desse total, 23.389 casos foram confirmados para a doença. Até o momento, há um óbito confirmado por dengue no estado e outras 35 mortes estão em investigação. Em relação à febre chikungunya, foram registrados 8.682 casos prováveis da doença, dos quais 6.206 foram confirmados. Até o momento, um óbito foi confirmado por chikungunya em Minas Gerais e dois estão em investigação. Quanto ao vírus zika, até o momento, foram registrados oito casos prováveis e um confirmado. Não há óbitos em investigação por zika em Minas Gerais.

ATUAÇÃO CLÍNICA – O acolhimento inicial e a classificação de risco dos pacientes são essenciais para evitar a sobrecarga da rede assistencial, sobretudo casos graves e mortes, segundo Maurício Leão de Rezende, médico do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas). “O acolhimento ao paciente é o principal passo e as unidades de saúde devem estar de portas abertas para o atendimento, tendo como prioridade atender os casos e, diante da necessidade, abrir salas para hidratação”, explica. E é justamente a urgência dessa hidratação que ressalta a pediatra Daniela Caldas, também do Cievs-Minas. “A hidratação deve começar imediatamente, não podemos esperar que o paciente apresente sinais de alarme”.

NOTIFICAÇÕES – A coordenadora Danielle Capistrano também faz um alerta aos profissionais sobre a importância das notificações dos casos para mensurar o cenário e poder subsidiar a tomada de decisão dos gestores municipais e estaduais. Ela alega que “as notificações fornecem informações adequadas de quais as regiões estão precisando de mais recursos e de uma atuação mais efetiva do estado, permitindo definir prioridades da assistência e da atuação dos agentes de endemias”.

“Com os dados em mãos, podemos, por exemplo, tomar medidas como deslocamento de equipes e ações de controle dos vetores”, conclui Capistrano. Os dados de incidência de dengue, zika e chikungunya em Minas Gerais estão disponíveis para consulta tanto dos gestores quanto dos cidadãos no Painel Arboviroses – Vigilância Epidemiológica: www.saude. mg.gov.br/aedes/painel. Nele, é possível filtrar o número de casos por ano, semana epidemiológica, Macrorregião de Saúde, Microrregião de Saúde, Unidade Regional de Saúde e município. Durante o período sazonal, o painel é atualizado às segundas e quintas-feiras.00

Saúde quer melhorar assistência a pessoas com dengue
O Aedes aegypti tem tirado o sono das autoridades com o aumento do número de casos de dengue e de chicunbunya

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