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Proposta para solução da dívida de Minas avança

Presidente defende projeto que permite o pagamento de passivo fiscal sem precarizar a prestação de serviços

O maior entrave fiscal de Minas, a dívida do Estado com a União de aproximadamente R$ 170 bilhões, está próximo do seu desfecho. O anúncio foi feito, na tarde desta terça-feira (9/7/24), pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Martins Leite, o Tadeuzinho, do MDB.

O parlamentar explicou que a Assembleia tomará todas as providências para concretizar a adesão de Minas ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), proposta apresenta pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD- -MG), como alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Tadeu Martins teceu um histórico da proposta, construída por iniciativa dos Legislativos e apresentada ao Governo de Minas como alternativa ao RRF, projeto enviado pelo governador Romeu Zema, cuja negociação da dívida implicava a privatização das empresas públicas, o congelamento de salários do funcionalismo e o aumento considerável do passivo, chegando a R$ 210 bilhões, ao final de 10 anos. “Não tenho dúvida de que a nossa proposta seja mais sustentável”, afirmou.

O deputado esclareceu que o projeto permitiria inclusive o abatimento de mais de 20% da dívida por meio da federalização de empresas públicas do Estado como a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais, a Codemig. O presidente ressaltou ainda a previsão de que até 1% dos juros da dívida seja revertido em investimentos nos estados e a aplicação da mesma porcentagem em fundo compartilhado que atenderia estados inadimplentes ou não.

Com a implementação das medidas, segundo o parlamentar, Minas terá que arcar com parcelas de R$ 8 bilhões, contudo, cerca de 6 bilhões seriam, de fato, destinados ao pagamento da dívida; e os outros R$ 2 bilhões seriam reinvestidos em obras de infraestrutura ou na prestação de serviços em áreas como segurança pública e educação.

No entanto, o presidente da ALMG não descartou em definitivo a tramitação do Regime de Recuperação Fiscal, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) não decida pela extensão do prazo para que Minas retome o pagamento da dívida, atualmente suspenso por liminares deferidas a favor do Estado. “Se o STF não nos der mais tempo, o RRF volta a tramitar na próxima semana”, alerta Tadeu Martins Leite.

Governo recorre de novo ao STF

O Governo de Minas aguardou até o fim da tarde dessa terça-feira por um posicionamento da Advocacia-Geral da União (AGU), buscando alinhamento conjunto para pedir ao STF a prorrogação do prazo de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (via Judiciário), tendo em vista o fato novo de amplo conhecimento público nesta data, a saber a apresentação pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de Projeto de Lei que cria uma alternativa de renegociação da dívida dos Estados com a União.

Como não houve manifestação da AGU, a Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG) peticionou no Supremo Tribunal Federal (STF), nessa terça-feira, pedido de requerimento para a prorrogação de medida cautelar com vistas a permitir o diálogo federativo e evitar o colapso das finanças públicas do Estado até a regulamentação do programa definitivo entre o Ministério da Fazenda e o Congresso Nacional ou pelo menos até 28/8/2024, quando a Corte dará continuidade ao julgamento da ação.

A Advocacia-Geral do Estado justificou os avanços nos diálogos entre as instituições para resolver um problema histórico da dívida pública no país. “Como é sabido e foi amplamente divulgado, dentro do compromisso de buscar uma solução justa e segura para as dívidas fiscais dos Estados membros, o presidente do Senado e o Ministério da Fazenda estabeleceram diálogo com vistas a concretizar, política e juridicamente, o equacionamento dessa questão”.

A AGE justificou, ainda, que “tais medidas concretizam o federalismo de cooperação, evitam inseguranças jurídica e prejuízos desnecessários às políticas públicas estaduais e conduzem ao equilíbrio harmonioso do pagamento das despesas públicas estaduais, sem os traumas que um colapso poderia gerar. Enfim, concretiza a boa prática já destacada nestes autos pelo Exmo. Sr. Ministro Relator, no sentido da Amizade Federativa”.

Proposta para solução da dívida de Minas avança
Tadeu Martins Leite defende projeto apresentado pelo senador Alexandre Silveira

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