O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) vem fomentando a produção de mel pelo Brasil, por meio do Programa Rotas de Integração Nacional. A iniciativa visa estimular o empreendedorismo, o cooperativismo e a inclusão produtiva, possibilitando que os produtores trabalhem em conjunto, ganhem escala e possam comercializar com outras localidades, estados e até países.
Desde a criação da Rota do Mel, em 2019, o MIDR investiu mais de R$ 13,7 milhões na estruturação da cadeia da apicultura (abelhas apis mellifera) e da meliponicultura (abelhas nativas sem ferrão) em oito estados do País. Foram beneficiados mais de 2,3 mil produtores, responsáveis por cerca de 24,1 mil toneladas anuais de mel e derivados, como própolis, pólen, cera de abelha e geleia real.
“A Rota do Mel tem o objetivo de estruturar o setor da apicultura e da meliponicultura em diversas regiões do Brasil. O apoio do Governo Federal, por meio do MIDR, se dá a partir de diferentes frentes de atuação, como a aquisição de equipamentos para beneficiamento e fracionamento do mel, implantação de unidades de beneficiamento, no melhoramento genético, em novas tecnologias e no uso da inteligência artificial associada à cadeia”, explica a secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Adriana Melo.
Atualmente, a Rota do Mel conta com nove polos estruturados: Polo Apícola do Norte de Minas, principalmente em Bocaiúva, Polo do Mel de Jandaíra (RN), Polo do Mel do Pampa Gaúcho (RS), Polo do Mel dos Campos de Cima da Serra (RS), Polo dos Sertões de Crateús e Inhamuns (CE), Polo do Mel do Semiárido Piauiense (PI), Polo do Mel do Semiárido Baiano (BA), Polo do Sudeste do Pará (PA) e Polo do Mel do Caparaó e Sul Capixaba (ES).
Dos R$ 13,7 milhões investidos pelo MIDR na Rota do Mel, cerca de R$ 6 milhões foram destinados a Minas Gerais. Os recursos, provenientes de Termo de Execução Descentralizada (TED) feito pelo MIDR para a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), vão permitir a expansão da atividade, a diversificação dos produtos e dos mercados atendidos e a agregação de valor à produção. Neste mês, foi entregue à Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Copejai) um entreposto com capacidade de processamento de mil toneladas de mel por ano.
Os recursos também preveem a implantação de 25 unidades de extração coletivas de mel em contêineres, que vão beneficiar apicultores de 20 cidades do norte de Minas Gerais. As estruturas vão permitir a ampliação da produção e que os produtos apícolas da região sejam exportados para mais países, inclusive os que exigem a rastreabilidade, como os da União Europeia.
Já no Ceará, foram investidos R$ 380 mil para a estruturação de unidades de extração de produtos derivados da apicultura em 20 municípios. Os recursos contemplaram a compra de equipamentos como desoperculadoras elétricas e mesas, que servem para remover os opérculos que cobrem os alvéolos dos favos de mel maduros, além de centrífugas manuais e decantadores, entre outros.
No Rio Grande do Norte, R$ 875 mil foram destinados à compra de equipamentos e capacitação de meliponicultores no Polo de Jandaíra e à entrega de uma máquina de cera automática, que beneficiará os apicultores que farão parte do Polo do Mel Potiguar, que será criado em 2024.
Para o Pará, serão repassados R$ 300 mil, por meio de uma TED com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para estruturar, fortalecer e aprimorar as cadeias produtivas da apicultura e da meliponicultura, integrando sustentabilidade e geração de renda no Estado.
E, para o Rio Grande do Sul, serão destinados, até o fim do ano, R$ 500 mil para implementação do cercamento e calçamento do entreposto da Cooperativa de Apicultores do Pampa (Cooapampa), no município de São Gabriel.