As eleições de outubro deste ano levam o Cidadania a perder um de seus mais expressivos filiados em Minas Gerais. Trata-se do prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, que depois de anos de filiação pediu o desligamento do partido, em função da decisão da sigla, que forma federação com o PSDB, de apoiar a candidatura de Délio Pinheiro, do PDT, à sua sucessão. O chefe do Executivo montes-clarense apoia a candidatura de seu atual vice, Guilherme Guimarães, do União Brasil.
Filiado ao partido há anos, desde quando ainda era PPS, o prefeito articulou e esperava que a federação, fornada com o PSDB, que tem o ex-governador e atual deputado federal Aécio Neves como principal líder fosse apoiar seu candidato a prefeito na cidade, em outubro deste ano. Contudo, as articulações da federação foram em sentido contrário e, após sinal verde da direção dos partidos em Minas, fechou coligação majoritária com o PDT para apoiar a candidatura de Délio Pinheiro.
Com a oficialização do apoio ao pedetista, Humberto Souto decidiu deixar o Cidadania em protesto pela decisão da sigla em relação à sucessão municipal. Ele enviou comunicado de desfiliação datado do dia 24 de julho deste ano ao vereador Claudim da Prefeitura, presidente do Cidadania na cidade, sobre sua decisão. O dirigente municipal da sigla assinou o recebimento do documento no dia 25 de julho. Desta forma, a partir desta data, o prefeito, que encerra seu segundo mandato no próximo dia 31 de dezembro, não pertence mais aos quadros do Cidadania.
MANDATOS CONSECUTIVOS – Depois de cumprir sete mandatos consecutivos e presidir o Tribunal de Contas da União (TCU), Humberto Souto decidiu concorrer à Prefeitura e o fez pelo PPS, que se transformou em Cidadania. Elegeu-se pela primeira vez em 2016 ao derrotar o ex-prefeito Ruy Muniz e executou obras importantes de mobilidade urbana. Com expressiva aprovação popular, conquistou o segundo mandato consecutivo em 2020, pelo Cidadania, com mais de 80% dos votos válidos, sendo um dos prefeitos com maior índice de aprovação popular do país. Agora, ele deixa o partido a poucos meses de encerrar o segundo mandato.