A Polícia Civil realizou, nessa quarta-feira (20), a reprodução simulada de um homicídio, ocorrido no dia 20 de janeiro deste ano, em Espinosa, no Norte de Minas. A ação teve como objetivo verificar a dinâmica do crime, conforme informações prestadas por testemunhas e suspeito.
De acordo com o delegado Eujécio Coutrim, o homicídio foi cometido em uma rua com grande aglomeração de pessoas, devido aos bares existentes nas proximidades do local. “A reconstituição foi importante para definir a dinâmica do crime principal, bem como identificar os crimes conexos como, por exemplo, favorecimento pessoal, lesão corporal, tentativa de homicídio em relação a outra vítima, vias de fato, etc.”, explicou Eujécio.
Ainda segundo o delegado, o crime investigado gerou grande comoção social, pois, além do homicídio, a ação criminosa colocou em risco as pessoas que estavam no local no momento, em virtude dos diversos disparos efetuados pelo investigado. As investigações continuam visando à conclusão do inquérito.
TRABALHO TÉCNICO – Em virtude da complexidade do trabalho, a simulação durou mais de sete horas e contou com a participação de policiais civis lotados em Espinosa, Monte Azul e Janaúba, bem como da Polícia Militar. Além disso, os veículos utilizados no dia dos fatos para prestar socorro à vítima e para o favorecimento pessoal do investigado também foram empregados na reprodução simulada, os quais permanecem apreendidos desde o dia do crime.
Os trabalhos da PC também foram acompanhados por estudantes do curso de Direito de Espinosa e de Mato Verde. Os acadêmicos contribuíram com os trabalhos da polícia judiciária, simulando as pessoas que estavam no local e nos bares no momento do crime.
“Com o trabalho técnico, foi possível reorganizar os fatos e reconstituir a dinâmica do crime o mais próximo da realidade, por meio dos dados coletados e informações das ações”, pontuou Coutrim.