A Polícia Civil realizou uma operação de combate a um esquema de pirâmide financeira em Taiobeiras e Indaiatuba na última sexta-feira (7/6). A ação, denominada Ponzi, recolheu celulares, aparelhos eletrônicos, cartões de crédito e documentos contábeis durante o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão. Havia ainda uma ordem judicial de prisão, cujo alvo – sócio-administrador da empresa investigada – não foi encontrado.
Segundo as informações divulgadas pela PC, a Justiça também autorizou o bloqueio de bens e valores e expediu ordem de sequestro de veículos e imóveis registrados em nome de pessoas físicas e jurídicas investigadas. A medida tem como objetivo o ressarcimento dos valores investidos pelas vítimas.
“Há indícios de que a empresa funcionava em esquema de pirâmide financeira, cujo sucesso apoiava-se no crescimento exponencial por parte de novos investidores, indicando uma população crescente em camada sucessiva, com promessa de rendimentos atrativos e bastante elevados em relação ao praticado normalmente no mercado”, detalhou a delegada Mayra Coutinho. Conforme a delegada, a empresa alvo da operação movimentou milhões de reais e causou prejuízos para um número ainda indeterminado de vítimas, a maior parte no Norte de Minas.
Sobre o esquema, a Polícia Civil detalhou que os investigados ofereciam rendimentos para o dinheiro investido, dessa forma os clientes captavam mais participantes. Conforme a pirâmide foi se afunilando, a empresa não pagava mais os rendimentos, o que levou ao seu fechamento. “Os alvos são pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao investigado e, as medidas visam angariar outros elementos para subsidiar as provas já coletadas no inquérito policial que está em curso”, explicou.