A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia realiza nesta quinta-feira, às 13 horas, audiência pública para discutir a inclusão de novas funcionalidades no SUSfácil, de forma que o sistema de controle de leitos hospitalares tenha maior transparência.
A reunião será no Auditório do andar SE da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e foi solicitada pelo deputado Lucas Lasmar, da Rede, para quem é preciso debater problemas e potencialidades do sistema em virtude do desenvolvimento da ciência e da tecnologia.
O SUSfácil é um software desenvolvido para agilizar o atendimento hospitalar em Minas Gerais, abrangendo serviços ambulatoriais de média e alta complexidade, bem como urgência, emergência e procedimentos eletivos credenciados ao SUS.
O programa promove a integração entre as 13 Centrais de Regulação, as 853 Secretarias Municipais de Saúde, os mais de 530 prestadores de internação hospitalar vinculados ao SUS/ MG e os mais de 3.200 estabelecimentos que oferecem atendimentos ambulatoriais.
O SUSfácil, ou Sistema Informatizado de Regulação Estadual, controla, assim, a transferência e o atendimento de pacientes conforme as vagas disponíveis e o atendimento demandado. Para Lucas Lasmar, a modernização do SUSfácil é crucial para a melhoria da saúde pública no Estado.
“Em 2022, mais de 86 mil pessoas aguardavam por cirurgias eletivas no Estado. Muitos acabam falecendo enquanto esperam na fila. É imprescindível modernizar o sistema de regulação para acelerar transferências e agendamentos de cirurgias. Queremos conhecer os planos da Secretaria de Saúde nesse sentido”, afirmou o parlamentar.
MELHORIA NA GESTÃO – A necessidade de incrementos ao SUSfácil já havia sido defendida por Lucas Lasmar em audiência anterior, desta vez realizada na Comissão de Saúde, que tratou do funcionamento do sistema em julho do ano passado, na presença de secretários municipais, prefeitos, vereadores, gestores hospitalares e servidores da saúde.
Uma demanda unânime dos participantes foi a atualização do sistema, que está sob administração da Prodemge, a Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais, e tem mais de 163 mil usuários.
Durante esta audiência, o Ministério Público de Minas Gerais ainda destacou a defasagem tecnológica do software, que não permite por exemplo a anexação de exames de imagem, dificultando a priorização de casos de urgência e emergência.
Um dos pontos que deve ser discutido nesta quinta é justamente a incorporação, ao sistema, de funcionalidades que garantam acesso a laudos e imagens dentro do próprio SUSfácil. Para o debate são esperados representantes da Prodemge, do Ministério Público, da Secretaria de Estado de Saúde, do Conselho Estadual de Saúde, do Sindicato dos Médicos, do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais, da Federação das Santas Casas de Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais.