O Projeto de Sustentabilidade Hospitalar (PSH), visando à responsabilidade socioambiental dentro do Hospital Dilson Godinho (HDG), apresentou resultados positivos dos indicadores gerados em todo o ano passado, para o gerenciamento dos resíduos recicláveis, dentro do Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde (PGRSS) e o comparativo entre os anos de 2022 e 2023.
Foram 14.874 toneladas de resíduos recicláveis recolhidos dentro da ambiência do HDG em 2022. Este número saltou para 20.217 toneladas, no ano passado. Entre janeiro e dezembro de 2023, ocorreu um aumento do PSH, em 36% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Dentre os materiais reciclados em 2023 estão: papelão (12.196), papel (4.027), sucata: fraco/plástico (2.635), sucata: ferro/aço (1.359), o que totalizou 20.217 toneladas.
No mesmo período de 2022 foram: papelão (10.345), sucata: ferro/aço (1.924), papel (1.443), sucata: fraco/plástico (1.126), o que totalizou 14.874 toneladas.
No primeiro ano de implantação do projeto, entre maio e dezembro de 2020, foram contabilizadas 5,5 toneladas de materiais reciclados. Em 2021, foram 9,1 toneladas reaproveitadas.
SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE – O engenheiro ambiental Samuel de Carvalho Barbosa, coordenador do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança, Medicina do Trabalho e Meio Ambiente (SESMT), explica que o setor de Gestão Ambiental é essencial para garantir que os hospitais operem de forma sustentável, protegendo a saúde das pessoas e do meio ambiente, ao mesmo tempo em que cumprem suas obrigações legais, através de regulamentações ambientais.
“O alcance do Projeto de Sustentabilidade Hospitalar (PSH) é notável dentro do HDG. As ações de redução dos resíduos perigosos, e adoção de projetos sustentáveis para inclusão de práticas de reciclagem, mantendo sempre vigente o Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde agregam valor às empresas participantes”, explica o coordenador.
Samuel Barbosa ressalta que o Projeto de Sustentabilidade Hospitalar desperta diariamente, conscientizar os colaboradores do HDG sobre a importância da reciclagem e o seu impacto no meio ambiente.
“O alcance do PSH tem nos surpreendido e a adesão dos colaboradores também. Os colaboradores são incentivados a todo o tempo na prática, a separar e reciclar, implementando um sistema de segregação de resíduos para separar materiais recicláveis, tais como papel, plástico, resíduos não recicláveis, viabilizando a reciclagem local para garantir que esses materiais sejam coletados e processados de forma adequada, reduzindo o desperdício, promovendo a conscientização entre os funcionários, pacientes e visitantes”, destaca.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde, por meio da reciclagem e da redução do desperdício, realiza campanhas educativas e oferece treinamentos para incentivar as práticas sustentáveis dentro do HDG.
Por meio do monitoramento e avaliação são estabelecidas metas de sustentabilidade com acompanhamento regular do progresso, visando garantir ainda mais melhorias aos processos e a responsabilidade socioambiental.
O PGRSS ainda realiza avaliações periódicas do programa para identificar áreas de melhoria e programar medidas corretivas conforme se fizer necessário. “Em suma, trata-se de um programa de sustentabilidade hospitalar que incorpora gestão ambiental e reciclagem para reduzir o impacto ambiental do setor de saúde e promover práticas mais sustentáveis no cuidado com a saúde dentro de uma gestão responsável e ambiental”, finalizou Samuel Barbosa.
PROCESSO DE RECICLAGEM – O viés principal do PSH é o processo de reciclagem de materiais como papel branco, papel misto, papelão, plástico, frascos, sucatas de aço, ferro e alumínio, gerados dentro das dependências do Hospital Dílson Godinho.
O Projeto visa a redução do descarte de resíduos que podem ser incluídos a outros processos, evitando assim volume em aterros controlados.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde (PGRSS) é um documento técnico passível de fiscalização por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nele, o PSH é estratificado em duas vertentes descritas como gestão de resíduos – com redução de geração de resíduos – e gestão de materiais, com redução no gasto com materiais