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Governo do Estado apoia consulta pública para levantamento

O Governo de Minas, por meio do Instituto Estadual de Florestas (IEF), está apoiando uma consulta pública que visa levantar espécies exóticas invasoras no Estado, que são aquelas que ocorrem fora de sua área de distribuição natural e que podem provocar impactos negativos à biodiversidade e ao equilíbrio dos ecossistemas.

O Governo de Minas, por meio do Instituto Estadual de Florestas (IEF), está apoiando uma consulta pública que visa levantar espécies exóticas invasoras no Estado, que são aquelas que ocorrem fora de sua área de distribuição natural e que podem provocar impactos negativos à biodiversidade e ao equilíbrio dos ecossistemas.

As atividades serão realizadas pelo Instituto Hórus, que é referência no tema, e está sendo viabilizado com o apoio dos Planos de Ação Territorial (PAT) para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção dos territórios Espinhaço Mineiro, Capixaba-Gerais e Veredas Goyas-Geraes, no âmbito do projeto Pró-Espécies Todos Contra a Extinção. O resultado final do levantamento embasará a elaboração da Lista de Espécies Exóticas Invasoras de Minas Gerais.

“Esse levantamento é o primeiro subsídio para a definição de diretrizes de orientação quanto ao uso, comercialização, posse e criação dessas espécies, e para ações de vigilância e monitoramento para detecção precoce e medidas rápidas de controle”, afirma a diretora de Conservação e Recuperação de Ecossistemas do IEF, Marina Dias.

O envio dos dados pode ser feito até o dia 19 de julho por meio da planilha para ter acesso) ou pelo aplicativo “Invasoras BR Instituto Hórus”, que pode ser baixado pelo Google Play. A última opção é ideal para observações em campo, uma vez que é adaptado para receber fotos oriundas de celular. Artigos publicados sobre espécies exóticas invasoras em Minas também são aceitos e podem ser enviados para sziller@institutohorus.org.br

“Esse trabalho também norteará atividades de educação e conscientização da população sobre os riscos associados às espécies invasoras e as vias introdutórias”, contextualiza a diretora de Proteção à Fauna, Laura Oliveira.

Espécies invasoras são primariamente espécies exóticas, ou seja, plantas ou animais que não ocorrem naturalmente em determinado local, sendo introduzidas de alguma forma. Isso inclui até mesmo espécies do mesmo país inseridas em biomas ou ambientes diferentes de seu habitat original. Embora espécies exóticas façam parte do cotidiano, como no caso de plantas ornamentais e agricultura, o uso descontrolado dessas espécies pode resultar em impactos negativos nos ecossistemas locais.

Atualmente, as espécies exóticas invasoras representam um dos principais fatores que causam impactos negativos à biodiversidade, ao equilíbrio dos ecossistemas e aos serviços ecossistêmicos, afetando diretamente a saúde e a economia. Um relatório recente da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos revelou dados alarmantes, destacando a urgência de abordar esse problema de forma mais incisiva em todas as esferas.

POTENCIAL INVASOR

Em Minas Gerais, algumas espécies são reconhecidas pelo alto potencial invasor. Na flora, destacam-se o capim-braquiária, capim meloso, leucena, lírio do brejo, pinus e eucalipto. Na fauna, as espécies mais problemáticas incluem o caramujo-africano, mexilhão dourado, javalis (ou javaporcos), bagre-africano, tucunaré, tilápia, e o mosquito da dengue, cujos impactos são enfrentados atualmente.

O IEF tem se concentrado em suas unidades de conservação, adotando medidas de prevenção, controle e manejo de espécies invasoras. Parcerias, como o apoio ao ICMBio no desenvolvimento de um plano de comunicação para prevenção, controle e monitoramento de javalis na Serra do Cipó, por meio do Plano de Ação Territorial de Conservação do Espinhaço Mineiro, são exemplos de iniciativas em andamento.

Além disso, a participação em debates nacionais, como a Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras do projeto Pró-Espécies, e a colaboração de outros estados através da ABEMA, são essenciais para compartilhar experiências e promover políticas e normas eficazes.

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