Nesta sexta-feira (23), com entrada franca o filme “U Omi qui casô cua mula” será apresentado pelo Cinema dos Catrumanos, durante a noite no Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez em Montes Claros. Para cada sessão, haverá 120 lugares. As apresentações serão realizadas às 18h30 e 20h30, na Avenida Dr. João Chaves, 438, Jardim São Luiz. Idealizado pelo cantor, compositor e cordelista Téo Azevedo e gravado pelo diretor e jornalista Eduardo Almeida Brasil, os cinéfilos podem assistir ao filme extraído do cordel de Azevedo feito há 40 anos com o mesmo título.
Segundo Brasil, esse é o primeiro longa metragem produzido no Norte de Minas. Contudo, mais uma vez “Us catrumanus” terão a oportunidade de exibir o filme “U ômi qui casô cua mula”, em Montes Claros atendendo ao edital municipal do Pró-Cultura.
O filme, produzido com recursos próprios, já exibido em Belo Horizonte, no Cine Santa Tereza, tem 1h12 de duração. É uma comédia baseada na poesia de cordel de Téo Azevedo, escrita e dirigida pelo jornalista Eduardo Brasil. Foi totalmente produzido por atores e técnicos montes-clarenses e rodado no sertão do Norte de Minas, nas regiões rurais de Alto Belo (Bocaiúva) e Guaraciama.
Nele, é narrada a situação de um caipira isolado na roça, Zé do Jegue, que decide procurar uma companheira, mas acaba se apaixonando por uma mula. Ignorante e de alma pura, o catrumano se vê de repente confrontando, sem saber, princípios religiosos. É acusado de zoofilia, expressão que jamais ouvira da boca de alguém. Mas o Capeta Catrumano, num sonho, o incentiva a seguir em frente com o amor pelo animal.
“Us Catrumanus” é um grupo de atores oriundos do teatro de Montes Claros. Incipientes em cinema, mas que tomaram para si a missão – que consideram uma façanha – de levar às telas o primeiro longa-metragem genuinamente produzido por montes-clarenses. Segundo eles, além da formidável experiência de fazerem cinema, o resultado final foi gratificante.
O filme agradou a um bom público nas temporadas anteriores.
“A expectativa é de que nesta, uma boa plateia se repita”. “Existem pessoas que gostaríamos que vissem nossa produção, afinal, é um produto inédito. Agentes culturais, cineastas, músicos, o filme também tem sua porção musical, enfim, pessoas que podem artisticamente avaliar e valorizar o trabalho. Infelizmente não o assistiram nas dez sessões que já fizemos na cidade”, dizem eles, acreditando que “desta vez, virão”, afirma ao NOVO JORNAL DE NOTÍCIAS, o jornalista, radialista e cineasta.