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Exportação de frutas supera US$ 511 mi

No primeiro semestre deste ano, o Brasil alcançou a marca de US$ 511,9 milhões em exportações de frutas, segundo o Painel de Exportação da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

No primeiro semestre deste ano, o Brasil alcançou a marca de US$ 511,9 milhões em exportações de frutas, segundo o Painel de Exportação da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). Este montante representa um crescimento de 5,09% em relação ao mesmo período de 2023.

A elevação nas exportações pode ser atribuída ao aumento dos preços das frutas exportadas, impulsionado pela quebra de safra e pela redução no volume enviado à União Europeia por concorrentes do Brasil. Além disso, a valorização cambial no início de 2024 também contribuiu para o incremento no valor das exportações.

“Estamos muito satisfeitos com o desempenho das exportações de frutas brasileiras no primeiro semestre de 2024. Apesar dos desafios climáticos, conseguimos avançar em valor, graças ao aumento dos preços e à variação cambial favorável,” afirma Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas.

Em 2023, o Brasil registrou US$ 487,097 milhões nos primeiros seis meses e terminou o ano com um recorde de US$ 1,238 bilhões em exportações. Diante dos bons resultados do início de 2024, o setor espera repetir ou até superar esse recorde até o final do ano.

“Os resultados superaram nossas expectativas para os primeiros seis meses e indicam que podemos ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão em exportações de frutas,” projeta Valeska de Oliveira, Country Manager da IFPA Brasil (Associação Internacional de Produtos Frescos).

Apesar do crescimento em valor, o volume exportado no primeiro semestre de 2024 foi 8,72% menor em comparação com o mesmo período de 2023, totalizando 429.663 toneladas, frente a 470.709 toneladas no ano passado.

“Embora 2023 tenha estabelecido um recorde de receita, o volume foi afetado por desafios climáticos em várias regiões produtoras. A alta nos preços foi uma resposta a essa ruptura na oferta,” explica Junior Silveira, diretor da Xportare.

Para o segundo semestre de 2024, Silveira acredita na recuperação dos números, embora note que o primeiro semestre poderia ter sido ainda mais robusto. “O clima atípico, com chuvas frequentes e intensas, especialmente no Nordeste e no Vale do São Francisco, prejudicou a produção. Esperamos que a situação melhore no segundo semestre, historicamente mais favorável para a produção,” ressalta.

Expansão de novos mercados

Atualmente, 75% das frutas brasileiras exportadas têm como destino a União Europeia. No primeiro semestre de 2024, os Países Baixos lideraram as importações, com US$ 202,671 milhões, seguidos pelo Reino Unido (US$ 77,058 milhões) e pela Espanha (US$ 68,344 milhões).

“A dependência da Europa como único mercado é uma preocupação estratégica. É essencial diversificar os mercados de exportação,” alerta Silveira. Iniciativas para explorar novos destinos estão em andamento, como a abertura do mercado chinês para a uva brasileira. “O Brasil está se afastando da dependência exclusiva da Europa e explorando novas oportunidades na China e no Oriente Médio,” comenta Oliveira.

Silveira destaca o avanço em outros mercados, como a Coreia do Sul para a manga, e a expansão para a Índia e o Oriente Médio. “A Ásia surge como uma oportunidade firme de crescimento, especialmente a China, que demonstra uma grande demanda por frutas,” afirma.

Parte dessa expansão inclui a participação do Brasil em feiras internacionais, que são cruciais para estabelecer novos contatos e explorar oportunidades de mercado. Coelho destaca a importância dessas feiras e as próximas participações do Brasil na Fruit Logística Ásia em Hong Kong e na Fruit Attraction em Madrid.

“Embora o Brasil seja o 3º maior produtor mundial de frutas, nossa posição no ranking de exportação ainda é baixa. Precisamos avançar para alcançar o potencial que nossa qualidade de frutas merece,” conclui Silveira.

PREÇO DA LARANJA

De acordo com levantamentos do Cepea, os preços da laranja in natura continuam a subir, impulsionados pela combinação de uma oferta restrita e uma demanda industrial robusta, que está marcando recordes históricos. Apesar das menores temperaturas, que normalmente reduzem o consumo de laranja no mercado in natura, os preços seguem em alta.

Na parcial desta semana, de segunda a quinta-feira, a média de preço da laranja pera na árvore alcançou R$ 92,43 por caixa de 40,8 kg, refletindo um aumento de 1,31% em relação ao período anterior.

A safra de tangerina ponçã, iniciada em meados de março, está se aproximando do fim no estado de São Paulo. Segundo informações obtidas pelo Cepea, a colheita já foi concluída em muitos pomares e deve se estender até a primeira quinzena de agosto. No entanto, alguns pomares em Minas Gerais ainda podem oferecer a fruta até o final do próximo mês.

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