Era esperado: com o auto embargo declarado pelo Brasil após o caso (já encerrado) de Newcastle no Sul do País, em algum momento as exportações de carne de frango sofreriam forte redução. Isso foi observado na semana que passou, a terceira de agosto (11 a 17, cinco dias úteis), momento em que a média exportada resumiu-se a 9.818 toneladas diárias – menos de 50 mil toneladas na semana, praticamente um terço do que havia sido embarcado nos sete primeiros dias úteis do mês (145.165 toneladas).
Em decorrência, a média diária exportada nos 12 dias úteis de agosto até agora transcorridos, de pouco mais de 16 mil toneladas, apresentou recuo de praticamente 15% sobre o mês anterior e de quase 7,5% sobre agosto de 2023, totalizando volume de 194.253 toneladas. O retrocesso, infelizmente, não se restringiu ao volume, pois afetou também o preço do produto. Assim, a média de US$1.784,47/tonelada correspondeu a reduções de 5,61% e 4,68% sobre, respectivamente, julho passado e agosto de 2023.
Apenas uma ressalva: o fraco desempenho da carne de frango pode não estar relacionado integralmente ao auto embargo imposto ao produto. Pois, no mesmo período, os embarques de carne suína – que não sofre qualquer restrição – apresentaram retração significativamente maior.