[views count="1" print="0"]

Consumo de serviços de saúde avança 10,3% após pandemia

O consumo de bens e serviços de saúde foi impactado pela pandemia de covid-19 em seu primeiro ano (2020), ocorrendo o mesmo com os demais segmentos de bens e serviços que tiveram queda de 4,4% em volume.

O consumo de bens e serviços de saúde foi impactado pela pandemia de covid-19 em seu primeiro ano (2020), ocorrendo o mesmo com os demais segmentos de bens e serviços que tiveram queda de 4,4% em volume. Em 2021, no entanto, o volume do setor de saúde avançou 10,3%, quase cinco vezes mais do que os bens e serviços não relacionados à saúde (2,3%).

Os dados são da pesquisa Conta-Satélite de Saúde 2021, divulgada nessa sexta-feira (5), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Tassia Holguin, pesquisadora do IBGE, apesar do aumento dos procedimentos de emergência provocados pela pandemia, o isolamento social acabou reduzindo a busca por atendimentos não emergenciais em 2020.

“Em 2020, por conta do isolamento, a gente teve uma queda no número de procedimentos ambulatoriais e hospitalares. As pessoas deixaram de fazer cirurgias eletivas e de ir ao médico e ao dentista. Elas foram postergando”, explica Tassia. “Em 2021, elas precisaram retomar as consultas, cirurgias que não podiam ser mais adiadas e o próprio consumo de medicamentos”, acrescentou.

EXPANSÃO – Apesar da redução total do consumo de bens e serviços de saúde, em 2020 o setor teve um aumento de 1,9% nos postos de trabalho nesse primeiro ano de pandemia, enquanto o restante da economia acusou uma perda de 7%.

Os postos de trabalho da saúde pública cresceram 7%, enquanto a fabricação de produtos farmacêuticos teve alta de 4,9%. A saúde privada cresceu apenas 0,2%.

No ano seguinte, o emprego na saúde aumentou mais: 5,1%. No entanto, esse crescimento foi puxado pela saúde privada com alta de 10,8% nos postos de trabalho, enquanto a saúde pública caiu 2,5%.

As atividades relacionadas à saúde eram responsáveis por 8,4 milhões das ocupações no Brasil em 2021, ou 8% do total, bem acima dos 5,2 milhões (5,3%) de 2010.

As remunerações do setor de saúde totalizaram R$ 372,3 bilhões em 2021, o equivalente a 10,5% do total da economia em 2021.

As despesas com saúde no Brasil chegaram a R$ 872,7 bilhões em 2021, o equivalente a 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Do total do PIB, 4% representavam os gastos do governo e 5,7% as despesas das famílias.

Comparando-se a participação da saúde pública no PIB, em relação a alguns países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil ficou à frente do México (3,1%), mas atrás da média da OCDE (7,4%), Colômbia (7,1%), Chile (5,9%), Reino Unido (10,3%), França (10,4%) e Alemanha (11,1%).

Na comparação com 2020, houve uma queda da participação dos gastos do governo com saúde no PIB, já que no primeiro ano da pandemia, a saúde pública respondia por 4,2% da economia brasileira.

Em 2021, a despesa per capita com o consumo de bens e serviços de saúde de famílias e instituições sem fins de lucro a serviço das famílias alcançou R$ 2.387,50, enquanto os gastos per capita do governo com o fornecimento de serviços de saúde pública e medicamentos foram de R$ 1.703,60.

Em relação aos gastos das famílias com saúde, a maior parte (63,7% ou R$ 318,1 bilhões) foi com serviços de saúde privados. Os medicamentos responderam por 33,7% (R$ 168,3 bilhões) dos gastos com saúde.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Recomendadas a você

CIB-SUS aprova R$ 51,7 mi para a região
CIB-SUS aprova R$ 51,7 mi para a região
Representantes da SRS avaliam protocolos do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HDG
Representantes da SRS avaliam protocolos do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HDG
Núcleo de segurança do paciente promove ação de conscientização sobre notificações de eventos adversos
Núcleo de segurança do paciente promove ação de conscientização sobre notificações de eventos adversos
Cievs reforça alerta para ações de prevenção e notificação
Cievs reforça alerta para ações de prevenção e notificação
Presidente do HAT visita Gleide Andrade e reforça parceria com o governo
Presidente do HAT visita Gleide Andrade e reforça parceria com o governo
Ministério e SES-MG participarão do celebração do 2º ano do NQSB
Ministério e SES-MG participarão do celebração do 2º ano do NQSB
SES-MG investe na capacitação de estudantes e profissionais de saúde
SES-MG investe na capacitação de estudantes e profissionais de saúde
Estado destina R$ 52,2 mi à região
Estado destina R$ 52,2 mi à região
Saúde negocia compra 25 mil doses de vacina contra Mpox
Superintendente regional avalia a aprovação
Simpósio da FACTA aborda desafios da influenza aviária no SIAVS
Assembleia vai ajudar no combate ao Aedes aegypti
Baixa cobertura vacinal pode favorecer aumento de casos de coqueluche no País
Fosfoetanolamina não combate câncer, alerta Anvisa
Tumores benignos afetam cerca de 50% de brasileiras entre 35 e 50 anos
Remédios para colesterol, Parkinson e rinite serão gratuitos
Cruzeiro assimila o passado para tentar avançar na Sul-Americana
América defende invencibilidade em casa
Exportações enfrentam queda em faturamento e volume
Simulado do Enem garante vaga em universidades públicas
Sisema discute áreas prioritárias