Já com relação ao Comitê Gestor do Rio São Francisco e Parnaíba, o Governo federal tem ações que minimizarão a erosão, o carreamento de solo e o assoreamento dos volumes hídricos e o aumento das vazões afluentes do Rio São Francisco em São Roque, Minas Gerais. Proposto pelo MIDR e com valor de R$ 63,4 milhões, está o projeto de recuperação ambiental no Parque Nacional de Serra da Canastra, visando a proteção da nascente histórica do Rio São Francisco, com as ações de contenção de processos erosivos e voçorocas, estabilização de taludes e drenagem da estrada de acesso ao parque.
O Parque Nacional da Serra da Canastra situa-se entre as regiões oeste e sul de Minas Gerais, abrangendo as bacias hidrográficas dos rios São Francisco, Grande e Paranaíba e parte do território dos municípios de São Roque de Minas, Capitólio, Vargem Bonita, São João Batista do Glória, Delfinópolis e Sacramento.
Localizado integralmente no Cerrado, um dos ecossistemas brasileiros mais ameaçados, o parque é um importante instrumento de proteção desse ambiente natural significativo. Nele, é possível observar os diversos tipos de formações existentes nesse bioma: savanas, campos e florestas.
A lista de projetos inclui também ação que permitirá maior flexibilidade operativa à Usina de Três Marias, além de projetos de estudo e projeto básico para melhoria das condições de navegabilidade em áreas críticas no trecho do Baixo São Francisco, levantamento das restrições de captações em torno dos lagos de Sobradinho e Paulo Afonso e estudo das linhas d’água do Rio Parnaíba no trecho à jusante da Usina Hidrelétrica Boa Esperança. Os estudos, propostos pelo MME, visam, além da flexibilidade operativa dos reservatórios, maior segurança e preservação das cidades e comunidades dos Rio São Francisco e Parnaíba. Os três projetos somados chegam a R$ 6,6 milhões.
Também foi aprovada proposta apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) de recuperação ambiental de áreas de preservação permanente hídricas em áreas críticas das Bacias dos Rios São Francisco e Parnaíba. A iniciativa estabelece áreas prioritárias e ações de recuperação e monitoramento que poderão ser utilizadas como norteadoras de futuros projetos de revitalização de bacias hidrográficas. Uma das regiões priorizadas nesse projeto é Gilbués, no Piauí, área em situação crítica devido ao processo de desertificação. O valor inicial previsto para detalhamento do projeto é de R$ 3 milhões.
VAPOR EM PIRAPORA – Por fim, o MME apresentou um projeto no valor de R$ 2,3 milhões para restauração do barco à vapor Benjamim Guimarães. A embarcação, que fica no município de Pirapora, no Norte de Minas, está com casco aberto e sem condições de flutuação. Em caso de cheia do Rio São Francisco, o patrimônio pode ser danificado e, por isso, a necessidade de concluir a restauração, paralisada há cerca de dois anos. A retomada das operações da embarcação irá fomentar o turismo e gerar empregos em Minas Gerais.
Além do MIDR, fazem parte do comitê gestor a Casa Civil da Presidência da República, o Ministério da Agricultura e Pecuária, o Ministério das Cidades, o MMA, o MME, o Ministério de Portos e Aeroportos e a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema).