A Prefeitura de Montes Claros promoveu nessa sexta-feira, no Plenário da Câmara Municipal de Montes Claros, mais uma reunião do Comitê Municipal de Mobilização Social de Controle das Arboviroses. O objetivo foi reforçar o combate ao Aedes aegypti na cidade, alertando para a importância de que toda a população se mobilize para evitar surto de arboviroses no município.
Durante a reunião, que teve participação de público expressivo, foi apresentado o primeiro Levantamento do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) do ano. Realizado entre os dias 15 e 24 de janeiro, o índice apresentou números que requerem atenção, já que 8,3% dos imóveis visitados possuíam focos do mosquito, um crescimento em relação ao último LIRAa de 2023 (realizado entre os dias 30 de outubro e 10 de novembro), que foi de 5,96%.
O crescimento, impulsionado pelas fortes chuvas dos últimos dias, certamente teria sido maior não fossem as ações da Prefeitura, realizadas nos últimos meses, para conter o avanço do mosquito. Entre essas ações destacam-se a intensificação das visitas domiciliares e educativas, mutirões de limpeza, resgate de casas fechadas e bloqueios de transmissão com UBV portátil, sempre priorizando as microrregiões com maiores índices de infestação e casos notificados.
Para o Ministério da Saúde, índices inferiores a 1% são considerados como baixo risco; 1% a 3,9%, médio risco; e acima de 3,9%, alto risco de infestação do Aedes. Os locais em que foram encontrados criadouros do Aedes aegypti com maior frequência foram: Depósitos móveis: vasos c/ plantas aquáticas, frascos com água, pratos de suporte para plantas, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros de animais, reservatório de climatizadores, 47,6%. Depósitos fixos: tanques de alvenaria, depósitos em obras, piscinas, sanitários em desuso, caixas de passagens, ralos, canaletas e peças arquitetônicas: 19,2%. Depósitos ao nível do solo: Armazenamento de água para consumo doméstico (barril, tina, tonel, tambor, depósito de barro, tanque, poço, cisterna, cacimba, etc.): 17,7%.
As principais recomendações para se evitar a proliferação do mosquito são: providenciar limpeza periódica (1 vez por semana) e vedação dos tambores, tanques, e qualquer outro tipo de reservatório a nível do solo; usar toda a água reservada em período menor que o ciclo de reprodução (7 a 10 dias) do mosquito; limpar periodicamente os ralos e caixa de passagens, bem como providenciar nivelamento correto e usar telas quando necessário; destinar o lixo para coleta pública; escoar a água dos pratos de planta; limpar e drenar calhas e lajes, principalmente em períodos que antecedem e durante as chuvas, se possível ajustando o nivelamento para proporcionar uma queda de água apropriada; tratamento adequado em piscinas, mesmo que não estejam em uso; limpar periodicamente lotes vagos de sua responsabilidade, bem como quintais de residências e dependências dos imóveis comerciais, industrias e outros.
Atividades para controle que estão sendo realizadas pela Prefeitura: Inspeções domiciliares para eliminação mecânica e biológica de criadouros do mosquito, incluindo pequenos mutirões de limpeza em bairros em situação de maior transmissão das arboviroses com o intuito de recolher o maior número possível de materiais inservíveis; Atividades educativas para orientar a população como evitar focos do vetor; Aplicação de inseticida espacial para eliminação dos insetos adultos em locais onde ocorreram casos suspeitos de arboviroses; Sensibilização das instituições público-privadas, parceiros no Comitê Municipal de Combate à Dengue e Mobilização Social; Parceria com todos os meios de comunicação: TV, Rádio, Imprensa escrita e redes sociais; Disponibilização de canais de atendimento às denúncias da população sobre focos do mosquito através do telefone 2211- 4400 ou 0800 283 3330 (Disque Dengue).
É importante ressaltar que o controle de um inseto tão domiciliado quanto o Aedes aegypti, haja vista que 99,97% dos focos foram encontrados nas residências, depende fundamentalmente da participação da população, que deve estar mobilizada e consciente de suas responsabilidades para reduzir o risco de doenças transmitidas, pois a Prefeitura tem realizado todas as medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde, para controlar essas doenças na cidade.