O Brasil bateu recorde de mortes por dengue no ano de 2023. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan online), revelam que foram 1.079 mortes pela doença até quarta-feira (27). Na série histórica divulgada pela pasta, também com base no Sinan, o maior número de óbitos no período de um ano completo ocorreu em 2022, quando chegou a 1.053 registros. Em seguida, vem o ano de 2015, com 986 mortes.
Em Minas Gerais, até terça-feira (26/12), foram registrados 404.007 casos prováveis (notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 312.592 foram confirmados para a doença. Há 194 óbitos confirmados por dengue no Estado e 74 óbitos em investigação. Em apenas 18 municípios, foram registrados 99 óbitos, a maioria em Uberaba (16), Uberlândia (13), Belo Horizonte (10), passos (9), Patos de Minas e São Sebastião do Paraíso (8 cada).
No Norte de Minas, ocorreram três óbitos em Pirapora, dois em Várzea da Palma, um em Janaúba e um em Montes Claros. Nesta cidade, inclusive, ocorreram ainda sete óbitos por febre chikungunya, doença também causada pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a zika vírus. Neste ano, Montes Claros registrou 8.368 casos de dengue, 11.619 de chikungunya e 10 de zika vírus, segundo dados do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SESMG), na última terça-feira (26/12).
CENÁRIO NACIONAL
Voltando a cenário nacional, questionado sobre o recorde de óbitos no Brasil, o Ministério da Saúde informou à Agência Brasilo que, com a previsão de aumento de casos, cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados em 2023 para manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses, que são infecções causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos.
“O Ministério da Saúde vai investir R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses. O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção por parte de todos para reduzir a transmissão das doenças. Para evitar o agravamento dos casos, a população deve buscar o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas”, diz a nota.
Ainda segundo a pasta, foi incorporada, no último dia 21, a vacina contra dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, não será utilizada em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório fabricante, Takeda, afirmou que tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses. A vacinação será focada em público e regiões prioritárias, com definição de estratégias de utilização das doses disponíveis prevista para ocorrer nas primeiras semanas de janeiro.
FEBRE CHIKUNGUNYA E ZIKA VÍRUS EM MINAS
Em relação à febre chikungunya, foram registrados 94.096 casos prováveis da doença em Minas Gerais, dos quais 77.887 foram confirmados. Atéterça-feira (26/12), foram confirmados 45 óbitos por chikungunya no Estado e 19 estão em investigação. Quanto ao vírus zika, foram registrados 151 casos prováveis. Há 46 confirmados para a doença e não há óbitos por zika. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que o boletim é atualizado quinzenalmente e o painel de arboviroses, semanalmente