Depois de quase cinco meses de discussões, o Seminário Técnico Crise Climática; Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema chega à sua etapa estadual, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Nesta sexta-feira, 9, autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil participam do evento que vai marcar a conclusão do trabalho dos grupos temáticos realizado ao longo desse período. As inscrições para participar do debate podem ser feitas pelo Portal da Assembleia.
A etapa estadual do seminário será realizada no Auditório José Alencar, a partir das 9h. Na parte da manhã, logo após a abertura, haverá um painel para apresentação dos principais pontos discutidos pelos grupos de trabalho. À tarde, a partir das 14h, acontece plenária com a participação de parlamentares e comentaristas desses grupos.
O Seminário Técnico Crise Climática foi lançado no dia 14 de março, com um debate com a participação de autoridades e especialistas. Para ampliar essa discussão, foram realizados sete encontros regionais no interior do Estado, um deles na Biblioteca da Unimontes, em Montes Claros. O objetivo foi identificar os impactos das mudanças climáticas nas diferentes regiões mineiras, de modo a construir um painel sobre os problemas locais e coletar sugestões para solucioná-los.
Também em março, tiveram início as discussões dos grupos temáticos, que se reuniram para analisar planos e políticas públicas já existentes e apresentar propostas para aprimorá-los. O trabalho se dividiu em quatro segmentos: institucional, social, econômico-produtivo e ambiental. Cada grupo elaborou um relatório final com avaliações e diretrizes para subsidiar uma agenda de atuação da ALMG. Esses documentos serão encaminhados aos parlamentares, que poderão propor medidas que auxiliem na convivência com os fenômenos climáticos extremos, como secas severas e chuvas torrenciais.
TRABALHO NA AGENDA – Como destacou o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite, o Tadeuzinho, do MDB, esse trabalho vai viabilizar políticas públicas que promovam ações contínuas de caráter estruturante de médio e longo prazos. As diretrizes apontadas pelos grupos temáticos poderão se desdobrar em requerimentos, projetos de lei e intervenções no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), por exemplo.
“Nós rodamos sete regiões, fizemos um diagnóstico com a participação da população. Praticamente todas as universidades do Estado participaram. Agora vamos fazer o encerramento, trazendo não só um diagnóstico que coletamos, mas apresentando um plano de ação para a Assembleia e para o Governo do Estado”, afirmou, em entrevista à TV Assembleia.
O presidente da ALMG também destacou a importância da participação de entidades da sociedade civil de todas as regiões do Estado nas discussões. Ao todo, 368 instituições estiveram representadas nos debates. O seminário técnico também contempla uma parceria da ALMG com o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) para prestação de serviços especializados em gestão da inovação. A finalidade dessa iniciativa é contribuir com a construção de soluções tecnológicas e de impacto social para o enfrentamento da crise climática no Estado.