A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) sediou na noite dessa terça-feira, 7, a reunião das entidades de classes do Norte de Minas com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passálio, para discutir o projeto de construção do Hospital Regional do Trauma em Montes Claros, para atender à crescente demanda do Norte de Minas. Os dirigentes das entidades pediram ajuda do secretário para reforçar com o governador Romeu Zema, do Novo, colocar a obra de R$ 315 milhões no acordo da tragédia de Mariana. O primeiro passo é discutir o projeto com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacheretti e sua equipe técnica. Passálio se comprometeu em marcar a reunião dos dirigentes das entidades com o secretário.
Desde 2013 o Norte de Minas trabalha pela construção do Hospital do Trauma, que teve a iniciativa do então superintendente da Santa Casa, Samuel Figueira. Ele lembra que a implantação do hospital é justificado pelo fato de Montes Claros ser o segundo entroncamento rodoviário do país, com fluxo de mais de 15 mil caminhões por dia e grande quantidade de acidentes. Samuel frisa que o modelo proposto só existia em Uberlândia e depois foram criados hospitais regionais em outros municípios de médio porte, mas Montes Claros ficou de fora na negociação do acordo de Brumadinho. Samuel Figueira lembra que o Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior se prontificou a colocar a obra do Hospital do Trauma, no acordo de Mariana, desde que o Estado concorde.
O secretário-executivo da Amams, Fellipe Leal, que participou da reunião representando o presidente José Nilson Bispo de Sá, o conhecido Nilsinho, prefeito de Padre Carvalho, destacou a importância da obra, que atenderá o Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Mucuri, além do sul e sudoeste da Bahia, alcançando cerca de 2,5 milhões de pessoas. Dalton Max, presidente do Conselho de Veneráveis do Norte de Minas (Convenorte), disse que o hospital terá um custeio mais baixo para o Sistema único de Saúde (SUS), com a economia de escala, pois já existe a cultura no Norte de Minas de que todos os casos de alta complexidade são resolvidos em Montes Claros.
Os dirigentes das entidades deliberaram que esgotadas as conversações com a classe política, será aberta campanha de mobilização com a população, através dos meios de comunicação, adesivagem de carros e outdoors nas cidades do Norte de Minas. O presidente da Amams frisa que a entidade sempre trabalhou junto às entidades de classes em defesa das demandas do Norte de Minas. Lembra que a Amams foi criada em 1977 com este perfil, na época em torno da eletrificação da região e depois com a pavimentação das BRs 122, 135 e 251 e a construção das barragens de Irapé e agora Jequitaí, da estadualização do ensino superior, além de outras causas. “Unidos somos fortes”, encerra o presidente.