Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado Tadeu Leite (MDB) participou, na manhã dessa segunda feira (17/11/25), do seminário “Minas em Conta”, sobre a dívida de Minas com a União. Promovido pelo jornal O Tempo, o evento foi realizado no Minas centro, em Belo Horizonte. Tadeu Leite relembrou a construção do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) com o apoio do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), então presidente do Congresso Nacional, e mais uma vez ressaltou que o Propag é mais vantajoso para Minas do que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
O presidente fez um balanço dos projetos do Propag já apreciados pelo Legislativo e deu um recado: “O entendimento da Assembleia é não discutir Cemig neste momento”. A afirmação assume especial importância porque a estatal mineira consta da proposta de adesão ao Propag enviada pelo Governo de Minas à União no último dia seis.
O vice-governador Mateus Simões, que também participou do seminário, defendeu a desestatização da Cemig e a transformação da companhia em corporation. Simões afirmou ainda que a intenção do Executivo mineiro é “abrir mão o mínimo possível da Codemig”. “A Cemig é menos estratégica do que o nióbio”, defendeu.
Indagado sobre a Codemig, Tadeu Leite afirmou: “Na verdade, nós já aprovamos a federalização de 100% da Codemig. Na manifestação do governo do Estado [à União], ele colocou 5%, podendo chegar ao máximo. Precisamos ver quais ativos a União vai aceitar”.
O presidente da ALMG ressaltou que o Parlamento mineiro está cumprindo seu papel. “Finalizada a discussão da Copasa, entendemos que a Assembleia terá dado todas Comissão debate privatização da Copasa hoje as condições para o governo do Estado aderir ao Propag nas melhores condições”, finalizou. Tadeu Leite destacou que os recursos até então usados no pagamento de juros à União devem ser investidos em saúde, segurança, educação e infraestrutura no Estado.
PARTICIPANTES
Participaram ainda do Seminário o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), Durval Ângelo; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), Gustavo Chalfun; o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (SindifiscoMG), Matias Bakir; os deputados Cássio Soares (PSD), Gustavo Valadares (PSD) e Professor Cleiton (PV), a deputada Lohanna (PV), entre outras autoridades, economistas e representantes de entidades de classe.