No mercado de feijão, os produtores estão firmes em não vender o feijão-carioca a preços inferiores a R$ 230 por saca. Essa postura reflete a percepção de que valores abaixo desse patamar não compensam adequadamente os custos crescentes de insumos e operações agrícolas.
COMPRA
Na segunda-feira (29), compradores encontraram dificuldades para adquirir feijão-carioca pelos preços oferecidos. A colheita atual ainda não gerou um aumento significativo na oferta, e muitos produtores preferem aguardar melhores condições de mercado antes de vender seus lotes. Essa estratégia de retenção visa obter preços mais favoráveis no futuro próximo.
Durante o mês de julho, os empacotadores notaram uma redução média de 5% nas vendas em várias regiões do Brasil. Essa diminuição é atribuída a dois fatores principais: as férias escolares, que normalmente reduzem o consumo doméstico, e uma compra antecipada em maior volume pelos consumidores nos meses de maio e junho. Esse movimento foi impulsionado pelo receio de uma possível escassez de feijão no mercado, resultando em estoques elevados e, consequentemente, em uma menor demanda atual.
FEIJÃO PRETO
No Sul do Brasil, o feijão- -preto tem recebido ofertas abaixo de R$ 260/270 por saca. Assim como no caso do feijão- -carioca, os produtores de feijão-preto também demonstram pouco interesse em vender a esses preços, preferindo esperar por melhores oportunidades de mercado.
O mercado de feijões rajados é impulsionado principalmente pelas entregas de contratos de exportação. Atualmente, esses contratos estabelecem o valor nominal do feijão rajado em torno de R$ 260/270 por saca de 60 quilos. Esse segmento do mercado demonstra maior estabilidade devido ao compromisso com contratos de exportação, que garantem uma demanda constante.